Banda de rock lança bebida premium com marca própria, em parceria com a Fábrica do Chopp
Conhecida por fãs de rock pesado de todo o mundo, a banda Sepultura quer agora conquistar o público também pelo paladar. Para comemorar seus 25 anos de estrada e os mais de 15 milhões de discos vendidos, o grupo lançou uma cerveja própria, fabricada e engarrafada pela Fábrica do Chopp, de São Paulo. Segundo Michael Trommer, mestre cervejeiro e sócio da microcervejaria, a Sepultura WeissBier é uma cerveja de trigo não filtrada, com aroma frutado de maçã e cravo e teor alcoólico de 4,5%. Inicialmente, serão elaborados três mil kits comemorativos dos 25 anos do grupo. Cada um conta com duas garrafas de 600 ml, um copo especial e bolachas com reprodução das capas dos 12 discos do Sepultura. O investimento no novo produto soma R$ 100 mil. A banda ficará com 10%das vendas.
Por enquanto, o produto está em poucos pontos de venda, a maioria em São Paulo. Na lista estão alguns pubs paulistanos e lojas de música como a Metal Mania e a própria Fábrica do Chopp. O preço sugerido do kit é R$ 60 e o da cerveja avulsa, R$ 18. Segundo Paulo Xisto, baixista do Sepultura a bebida será comercializada também no site da banda e, posteriormente, exportada. “Não dá para falar de Sepultura e ficar só de Brasil”, diz, referindo-se ao sucesso internacional do grupo. Xisto, porém, não fala quais os primeiros mercados em que o produto vai chegar.
Outro plano é ampliar a linha com uma cerveja tipo stout (preta e mais encorpada), que pode ser lançada até o final de maio se a recepção do público for boa, diz Maurício Montoro, diretor da Bushido Importação e Exportação, empresa responsável pela parte comercial do empreendimento. Segundo ele, também está previsto para o final do semestre o lançamento de vinhos com a marca Sepultura. A linha será produzida na Argentina e contará com bebidas elaboradas com as uvas carbernet sauvignon, malbec, torrontés e chardonnay (neste caso, um espumante).
Merchandising
Deacordo comXisto, énaturalque a banda explore outras frentes de negócios, alémdamúsica. “Atualmente, coma internet, amúsica é praticamente de graça. O disco é mais um registro de um momento específico do grupo. Fonte de renda mesmo são os shows e o merchandising”, afirma.
No ano passado, em parceria com a grife Billabong, a banda lançou uma linha de bermudas. Evocando sua raiz mineira, Xisto diz que há tempos pensa em uma cachaça que carregue o nome do grupo. Cuecas e tênis são outras possíveis opções para a linha. “Ideia é o que não falta, mas não passa disso por enquanto”, despista o baixista.
Veículo: Brasil Econômico