Rio Grande do Sul vive boom de cervejas caseiras e artesanais

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Desde 1995, o Estado assistiu ao surgimento de 28 microcervejarias; existem ainda 250 produtores caseiros

 

Uma vez por mês, Sady Homrich, baterista da banda de rock Nenhum de Nós, comanda um "talk show", em um centro cultural de Porto Alegre, que só fala de cerveja.

 

Diante de uma plateia com copos na mão, Sady entrevista mestres cervejeiros e fabricantes sobre fermentação, origem dos ingredientes e detalhes que tornam a cerveja artesanal uma verdadeira febre em Porto Alegre.

 

O público do "Extra-Malte" espelha o crescimento dos negócios e, com eles, o resgate de uma tradição cultural em uma região marcada pela imigração alemã.

 

Em 1995, foi aberta a primeira microcervejaria no Estado. Hoje, há 250 cervejeiros caseiros e 28 microcervejarias em atividade. O boom ocorreu nos últimos cinco anos, segundo a Acerva Gaúcha (Associação dos Cervejeiros Artesanais do RS).

 

No Brasil, as cervejas artesanais responderam por 1% dos 10,9 bilhões de litros consumidos no ano passado. Em países como os EUA, a fatia chega a 5%.

 

O crescimento econômico e o aumento do poder aquisitivo da população tornaram o ambiente propício para empreendedores como Glauco Caon, 36, sociólogo. Ele e o irmão, o publicitário Guilherme, começaram a fazer cerveja na garagem de casa em 2007 para consumo próprio.

 

"A primeira cerveja que tiramos era a pior coisa que eu tinha experimentado. A gente estudou muito com livros e bateu cabeça até que começou a fazer cervejas de qualidade conseguindo repetir o processo e a receita", conta Caon, que fabrica a Anner.

 

No ano passado, a produção caseira atingiu seu pico de 200 litros mensais. Glauco abandonou o estudo de golfinhos e baleias para se dedicar integralmente à cerveja.
Os irmãos arrendaram equipamentos de uma microcervejaria. Após investirem R$ 7.000, a produção deve atingir 1.800 litros por mês.

 

A caçula do mercado é a Heilige, de Santa Cruz do Sul (150 km de Porto Alegre).
Inaugurada em abril, a microcervejaria consumiu investimento de R$ 2 milhões e produz mensalmente 8.000 litros. A produção vai saltar a 22 mil litros quando o verão chegar, projeta um dos donos, Rodrigo Jung, 29.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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