O consumo de água mineral no Brasil cresceu 94% em dez anos, passando de 4,32 bilhões de litros, em 2001, para 8,4 bilhões em 2010, movimentando cerca de R$ 1 bilhão somente no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam). Até 2013, a categoria deve representar 40% do consumo mundial de bebidas não alcoólicas.
Para o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, o principal problema do setor hoje é a alta tributação, de 42,5%. A indústria reivindica a inclusão do produto na cesta básica, para que a alíquota de ICMS incidente caia para 7%. A medida já foi adotada em Santa Catarina, em julho deste ano, podendo implicar em abatimento de até 20% no preço final. Em São Paulo, redução semelhante foi solicitada à Secretaria da Fazenda. Em âmbito federal, uma emenda à MP 545/11 pede a isenção de PIS/Cofins para água mineral em embalagens de 1,5 a 20 litros, como forma de baratear o produto para o consumidor domiciliar. "Com a redução da tributação, o setor deve crescer 30% em vendas", avalia Lancia.
Com consumo per capita ainda baixo, de 45 litros por ano, o País tem enorme potencial para a bebida. A Coca-Cola, segunda empresa do mundo no mercado de água engarrafada, antes presente com a Crystal apenas em São Paulo, passa por processo de nacionalização da marca. A companhia planeja, até o fim do ano, levá-la ao nordeste, região onde o consumo mais cresce. Investindo em sustentabilidade, a empresa lança em janeiro uma nova embalagem para a Crystal de 500ml, com 20% menos PET e 30% desta matéria prima produzida a partir da cana de açúcar.
Veículo: DCI