Steven Seagal, ator hollywoodiano e mestre das artes marciais, e Anderson Silva, o campeão dos pesos médios, sobem ao ringue. O desafio não é mais uma luta do UFC, o badalado campeonato de artes marciais mistas. É a última cerveja do bar.
Parodiando cenas clássicas de luta no cinema, a nova campanha da Budweiser para o Brasil, que vai ao ar no último fim de semana deste mês, é uma superprodução, com direção do argentino Armando Bo, de "Biutiful" e "O Último Elvis".
Espécie de esquenta para a grande luta do UFC em Las Vegas, de Anderson Silva contra Chael Sonnen, em julho, o filme é o primeiro episódio de uma saga que a cervejaria Ambev pretende lançar ao longo do campeonato.
A empresa não revela valores da campanha, mas a superprodução dá uma ideia da aposta que a marca faz para o Brasil.
E a estratégia de posicionar a Budweiser no segmento premium -nos EUA, a marca é popular- parece funcionar. Nove meses após o lançamento, ela conquistou 10% do segmento e já se aproxima da holandesa Heineken.
O segmento premium representa 5% do mercado de cerveja, mas cresce a taxas mais rápidas e garante margens de lucro maiores.
"Temos a ambição de ser a maior marca internacional do Brasil e até o fim do ano a gente está lá", desafia Pedro Earp, diretor de marcas premium da Ambev.
A luta não será fácil. A Heineken também tem uma estratégia agressiva, com diversos show internacionais (Rock In Rio, Lollapalooza), e cresce a passos largos: 87% no último ano.
"Nossa concorrência não é direta com a Budweiser", diz Bernardo Speilman, gerente de marca da Heineken. A marca é superpremium, um pouco mais cara que a Bud, mas similar à Stella Artois (Ambev).
De janeiro a abril, a Bud obteve 11,6% do mercado premium, ante 12% da Heineken e 6% da Stella, segundo a Nielsen. A Bohemia lidera com 19,8%, mas perdeu 7,8 pontos no último ano.
Veículo: Folha de S.Paulo