Empresa importa parte dos insumos e, desse modo, está exposta à variação do câmbio
O dólar na faixa de R$ 2 não é, ainda, motivo de preocupação para a Ambev, mas a empresa pode rever planos e estratégias se a cotação da moeda americana ficar nesse patamar por muito tempo.
Segundo Lucas Lira, diretor de Relações com Investidores da companhia, a empresa já fez hedge cambial -proteção contra a oscilação da moeda por meio da compra de títulos- neste ano e, se a taxa se mantiver no nível atual, a empresa poderá sofrer impactos.
A Ambev importa uma parte dos insumos e, desse modo, está exposta ao movimento de variação do câmbio.
A alta do dólar, diz Lira, tem potencial ainda de atingir os preços -ao encarecer matérias-primas importadas.
Sobre os planos da empresa, Lira diz que um dos focos principais de expansão nos próximos anos está no Norte e no Nordeste, onde o consumo aumenta em ritmo acelerado diante do aumento da renda da população.
"Temos de expandir para levar mais produtos. O consumidor quer experimentar nossos lançamentos de cervejas premium", disse o executivo, que participou ontem do Rio Investors Day.
A Ambev projeta investir R$ 2,5 bilhões neste ano, parte disso na expansão de fábricas e compra de unidades produtivas no Nordeste.
Lira afirmou que as vendas de cerveja reagiram no primeiro trimestre, com crescimento de 4%, ante queda de 1,2% em 2011 - a área de refrigerantes teve alta de 7,4%.
Veículo: Folha de S. Paulo