As vendas da Coca-Cola Company, dona de marcas como Fanta, Sprite, sucos Del Valle e água Crystal, cresceram 6% no Brasil e 4% na média mundial, em volume, durante o segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2011. Considerando apenas o volume do refrigerante Coca-Cola, carro-chefe da companhia, as vendas cresceram 2% ao redor do mundo e 4% no mercado brasileiro.
Apesar do crescimento acima da média mundial, o Brasil foi o emergente que menos cresceu: os desempenhos dos mercados da Índia (alta de 20%), Rússia (9%) e China (7%) se mostraram superiores no período.
Na América Latina, o volume cresceu 3% e a receita apenas 1%, para US$ 1,14 bilhão, ou 8,75% da receita global. Na região, a expansão foi afetada por aumento nos preços, taxa de câmbio e mudanças estruturais. O lucro operacional no mercado latino-americano subiu 2%. A companhia não informa os valores de receita ou lucro por país, apenas por região.
A Europa foi o único mercado em que a gigante de bebidas teve desempenho negativo: recuo de 4% em volume e 9% em receita, que atingiu US$ 1,48 bilhão. A América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México) representou 44,5% da receita total da Coca-Cola no trimestre e respondeu por US$ 5,79 bilhões.
A receita total do grupo subiu 3%, para US$ 13 bilhões. O lucro líquido ficou praticamente estável no trimestre, em US$ 2,78 bilhões, ante US$ 2,80 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2011.
"Nós estamos entregando uma performance consistente, em linha com nossas metas de crescimento para 2020, apesar de uma desafiadora e cada vez mais imprevisível economia global", afirmou Muhtar Kent, principal executivo da Coca-Cola Company.
O lucro diluído por ação se manteve estável em US$ 1,21, impactado por custos de reestruturação e relacionados a iniciativas globais de produtividade e pelo aumento do preço de matéria-prima, entre outros, como gastos relacionados às mudanças na cadeia de abastecimento de suco de laranja proveniente do Brasil.
Em dezembro de 2011, a Coca-Cola encontrou carbendazim, um fungicida, nas laranjas exportadas do Brasil para os Estados Unidos. O carbendazim não é permitido nos EUA. A companhia passou, então, a comprar laranjas da Flórida, com custos mais altos, o que reduziu sua rentabilidade, causando impactos de US$ 6 milhões no primeiro trimestre e US$ 12 milhões no primeiro semestre de 2012.
Veículo: Valor Econômico