O volume de cerveja vendido pela Heineken cresceu "um dígito baixo" (até 5%), mas superou a média do mercado no Brasil em 2012, informou ontem a empresa.
No acumulado dos primeiros nove meses de 2012, o volume vendido pela Ambev, maior fabricante de cerveja do país, cresceu 2,9% sobre 2011. A Ambev divulga seu balanço anual de 2012 no dia 27 de fevereiro.
O rótulo Heineken foi o principal destaque da fabricante holandesa de bebidas no Brasil em 2012: o volume vendido foi 40% maior em 2012 do que no ano anterior. Esse crescimento permitiu à empresa ganhar fatia de mercado no segmento de cerveja importada premium. O volume global do rótulo Heineken cresceu 5,3%. Já as marcas brasileiras Kaiser e Bavaria tiveram desempenho em linha com 2011, em volume vendido.
A Heineken não divulga resultado por país, mas por região. No continente americano, a receita avançou 12% (8,2% em bases orgânicas), para € 4,5 bilhões. "O lucro cresceu substancialmente no México e também foi maior no Brasil e no Caribe e Canadá", diz a empresa. O resultado foi puxado por aumento de volume, de preços e no mix no Brasil e no México.
No mundo, a receita líquida da cervejaria avançou 7,4% no acumulado do ano, para € 18,38 bilhões. O volume de cervejas vendidas cresceu 3,4%, para 221,2 milhões de hectolitros - cada hectolitro equivale a cem litros -, com a quantidade de marcas premium sendo 6,2% maior, em 29,1 milhões de hectolitros.
O lucro líquido da Heineken mais que dobrou em 2012, para €2,95 bilhões. Este ganho foi influenciado por um ganho de €1,5 bilhão registrado na valorização da fatia que o grupo detém na Asia Pacific Breweries e na Asia Pacific Investment. O lucro operacional foi de €3,9 bilhões, alta de 59%.
A dívida líquida do grupo atingiu €12,31 bilhões, aumento de 47,4%. Esse avanço foi causado, principalmente, pelos recursos levantados para a aquisição da Asia Pacific. "A aquisição do controle total da Asia Pacific Breweries expandiu significativamente a nossa exposição nos mercados em crescimento e ampliou a nossa plataforma de negócios na Ásia que, juntamente com a África e a América Latina, continuou a apresentar um bom desempenho em 2012", disse o presidente do conselho de administração e CEO da Heineken, Jean-François van Boxmeer.
A Heineken prevê investir cerca de €1,5 bilhão em bens de capital neste ano, mais que os €1,2 bilhão investidos no ano passado. O grupo anunciou aumento de €25 milhões em economias até 2014, frente ao programa anterior, de €500 milhões.
Veículo: Valor Econômico