Mesmo com uma aceleração no último mês do ano, a produção física tanto de cerveja quanto de refrigerantes no país apresentou recuo em 2013 ante 2012. De acordo com dados preliminares do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal, em 2013, a produção de cerveja totalizou 13,464 bilhões de litros, diminuição de 2% ante a de 13,743 bilhões de litros em 2012. Na análise de 2012 ante 2011, a produção havia crescido 3,5%. Já a produção física de refrigerantes teve uma queda de 3,7%, passando de 16,166 bilhões de litros em 2012 para 15,561 bilhões de litros no ano passado. Em 2012 ante 2011, a diminuição havia sido de 0,6%.
Os desempenhos negativos dos segmentos no ano se devem ao cenário macroeconômico adverso. Tanto as empresas quanto entidades do setor afirmam que a inflação, o alto endividamento das famílias e um aumento de renda aquém do esperado no ano prejudicaram as vendas dos itens e a produção teve que se adequar ao ambiente desfavorável. O repasse dos tributos de 2012 e do custo de produção (principalmente de insumos, como cevada e açúcar, e embalagens, devido à valorização do real ante o dólar) também sacrificaram volumes no ano.
Em dezembro ante novembro, conforme o Sicobe, a produção de cerveja somou 1,476 bilhão de litros, avanço de 15,1% ante 1,282 bilhão de litros do mês imediatamente anterior. Na comparação com dezembro de 2012, houve alta de 1,3%. Já em refrigerantes, a produção da bebida totalizou 1,598 bilhão de litros, alta de 15,1% ante novembro, mas queda de 7,4% ante dezembro de 2012.
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Impostos - Além de um clima favorável - início do verão - ao consumo dessas bebidas frias, houve o adiamento de impostos - especificamente para cerveja - previsto para outubro, o que trouxe um alívio e um ânimo para as empresas do setor. A Ambev, que possui cerca de 70% do mercado nacional de cerveja, por exemplo, adotou, no início de dezembro, uma campanha de congelamento de preços com os seus pontos de venda, que garante o fornecimento de cerveja sem aumento de valores durante todo o verão. A iniciativa pode impulsionar os volumes produzidos e vendidos no período.
Para 2014, os eventos Copa do Mundo de Futebol e eleições, sustentam o otimismo das indústrias de bebidas frias.
Veículo: Diário do Comércio - MG