BRUXELAS - A Anheuser-Busch InBev, maior fabricante de cerveja do mundo, está acreditando na Copa do Mundo para ganhar participação de mercado de concorrentes e fazer da Budweiser sua cerveja mais vendida, uma verdadeira marca global.
A cervejaria comunicou, segundo a Reuters, que aumentou seu orçamento de marketing em "uma porcentagem de dois dígitos baixos a médios" este ano para vender mais cerveja - um gasto extra entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão.
Embora tenha tradicionalmente mantido o primeiro lugar ao cortar custos e aumentar preços, a Anheuser-Busch tem espaço para um desembolso extra de publicidade este ano devido a um impulso no lucro por causa da aquisição do mexicano Grupo Modelo no ano passado.
Apesar de a Budweiser ser a cerveja oficial da Copa do Mundo desde 1986, e AB InBev comprou a marca em 2008 e só patrocinou o Mundial até o momento na África do Sul, em 2010, um mercado dominado pela concorrente SABMiller, e aumentou seus gastos de marketing em 2%.
Este ano é diferente. A AB InbBev domina a participação no mercado brasileiro, então está em casa. O Brasil é também um dos mercados-alvo para a sua marca líder.
Patrocinadores pagaram entre US$ 120 milhões a US$ 160 milhões, cada, para serem patrocinadoras das Copas de 2010 e de 2014, estima o Sports Sponsorship Insider. A AB InBev, como a cervejaria com maior potencial de mercado, deve ter pago o máximo deste intervalo, aponta a publicação.
"Esta é a maior campanha global de marketing já vista pela Budweiser", disse à Reuters o diretor de marketing da marca, Andrew Sneyd.
As marcas globais viram o consumo de cerveja crescer de 3% a 4% na América Latina, bem como na Ásia e na África, nos últimos cinco anos, e esperam uma expansão mais rápida de marcas premium, como a Budweiser, que está trazendo margens maiores e lucros.
Desde a compra da Anheuser-Busch pela InBev em 2008, a empresa impulsionou a Budweiser no mundo todo. A marca agora tem 2% dos mercados chinês e russo e está crescendo no Brasil.
A Copa do Mundo deve aumentar o volume geral de cerveja no Brasil em 1 a 2 pontos percentuais - cerca de 1,2 milhão a 2,4 milhões de hectolitros - e se a seleção brasileira tiver sucesso o aumento pode chegar a 3 pontos percentuais, disse o analista da Bernstein Research, Trevor Stirling.
Veículo: DCI