O presidente da Anheuser-Busch InBev, Carlos Brito, afirmou na sexta-feira, em um evento para investidores no Rio de Janeiro, que o Brasil será o segundo maior responsável no crescimento do mercado de cerveja do mundo, atrás apenas da China, representando 8,9% da encaixar global de 2011-2020. Ele disse que o setor de bebidas frias, onde está inserido o mercado de cervejas, representa 3% do PIB nacional e gera 3 milhões de empregos.
"Segundo o IBGE, a cada real que investimos gera R$ 2,5 na economia. Isso é maior que na indústria automobilística", disse Brito, afirmando que o setor investiu R$ 7,4 bilhões em 2013.
Segundo o executivo, a empresa vai trazer ao Brasil a Corona, marca de cerveja mexicana, apostando no mercado de produtos premium. Ele lembrou que o Brasil vai avançar fortemente no segmento de cerveja premium - hoje representa 6,4% do mercado, contra 14,2% na Argentina e 22,9% nos Estados Unidos - e no segmento de cerveja sem álcool, ainda muito abaixo do registrado na Espanha (15% do total) e na Alemanha (7% do total).
Durante o mesmo evento, André Esteves, presidente do BTG Pactual, minimizou os problemas econômicos do país. Ele afirmou que a piora da inflação, da conta corrente e da situação fiscal são explicáveis e "gerenciáveis".
"O grande problema do país é a falta de confiança, o pessimismo. E hoje, que precisamos de investimento, essa variável é mais importante individualmente que a inflação, a situação fiscal ou a conta corrente. A boa notícia é que a confiança muda rápido se a situação econômica for bem sinalizada", disse.
Esteves, em tom otimista, disse que o Brasil deve reforçar onde há maior potencial. Ele afirmou que o Brasil nunca vai criar um Google, mas inventou o etanol e é líder em exploração de petróleo em águas profundas. "A melhor notícia é que só depende de nós vivermos o sonho brasileiro", disse. (AG)
Veículo: Diário do Comércio - MG