Brasil Kirin deve reduzir investimentos em 2015

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O vice-presidente de Operações da Brasil Kirin, Alexandre Sanchez, afirmou nesta quarta-feira, 08, que os investimentos da companhia em 2015 devem ficar abaixo do observado neste ano. O executivo, no entanto, optou por não abrir o Capex, que classificou como "expressivo". A redução dos investimentos, segundo ele, reflete questões internas da companhia e não é consequência necessariamente da perspectiva de desaceleração do consumo no mercado doméstico no próximo ano. "Mas claro que isso poderia ser diferente se a perspectiva para o mercado de bebidas fosse muito melhor" disse a jornalistas, após participar do 16º Congresso Brasileiro de Embalagem.

Para este ano, Sanchez informou que a Brasil Kirin manteve a previsão de investimentos feita no início do ano diante da perspectiva de crescimento do segmento de cervejas. De acordo com dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal, a produção de cerveja no Brasil apresenta um avanço de 6,8% no acumulado do ano até setembro. Além da Schin, a companhia fabrica ainda marcas como Devassa e Eisenbahn.

Em 2014, grande parte dos investimentos da companhia foi centralizada em dois projetos: a construção de um parque eólico no Ceará para atender até 35% do consumo elétrico da empresa e a construção de uma nova fábrica em Pernambuco. A nova unidade deve ser inaugurada entre março e abril do próximo ano, enquanto o parque eólico, previsto inicialmente para o segundo semestre deste ano, deve ficar apenas para o final de 2015.

Com o corte previsto para o próximo ano, Sanchez disse acreditar que projetos de grande porte, como a construção de uma segunda nova fábrica, devem ficar apenas para 2016. A Brasil Kirin enfrenta um esgotamento da capacidade de sua principal unidade produtora, em Itu (SP). Em acordo submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a fabricante de bebidas pretende terceirizar a produção de algumas fábricas do seu portfólio para a Inab, dona da cerveja Colônia.

Sanchez afirmou ainda que vê como "um movimento natural" o acordo de distribuição estabelecido entre a SABMiller e o Grupo Petrópolis no Brasil. "Isso não muda o cenário para a nossa companhia", afirmou.



Veículo: A Tarde - BA


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