Setor de bebidas quer ampliar mercado

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Sindicato pretende colocar em prática medidas para o desenvolvimento e melhor aproveitamento das indústrias

 



Após análise e discussão dos principais gargalos, desafios e oportunidades da indústria de bebidas não alcoólicas no Estado, promovidos pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), por meio de sua Gerência de Projetos Coletivos para a Indústria, o setor pretende agora colocar em prática medidas que permitam o desenvolvimento e melhor aproveitamento do mercado. A informação é do superintendente executivo do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindibebidas-MG), Cristiano Lamêgo, que afirma que o próximo passo será concluir o plano de ação e buscar parcerias que deem suporte à sua execução.

O superintendente avalia a proposta do IEL como muito interessante, principalmente em se tratando de um trabalho voltado para a indústria de bebidas. "Somos um segmento muito heterogêneo e isso, muitas vezes, limita nossa atuação. A partir do plano desenvolvido pelo Programa de Competitividade Industrial Regional (P-CIR), teremos a oportunidade de elevar as indústrias a um novo patamar. Elas, por sua vez, terão acesso a informações que normalmente não teriam", define.

Lamêgo admite que o trabalho realizado pela entidade sempre foi bastante focado nas empresas de bebidas alcoólicas, talvez pelo volume de informações e contribuições recebidas, ao contrário do que sempre ocorreu por parte das de bebidas não alcoólicas. Por esse motivo também, conforme ele, talvez o maior obstáculo a ser enfrentado daqui para frente, em relação à adoção de ações a partir do trabalho realizado pelo IEL, seja a aglutinação das informações e da demanda necessárias para dar continuidade ao projeto.


Desafio - "O principal desafio será fazer com que as ações propostas sejam executadas. Para isso, teremos que trabalhar junto aos empresários e também com entidades parceiras, de maneira que haja trabalho conjunto de todas as áreas em prol de um melhor aproveitamento do mercado", explica.

O futuro das indústrias de bebidas não alcoólicas foi discutido em reunião que compreende a terceira etapa do P-CIR. Dentre as várias propostas que os analistas levaram para o setor, destacam-se as relacionadas à mão de obra e à cultura da gestão da inovação nas empresas. Além disso, foram avaliadas novas maneiras de se incentivar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas de base tecnológica.

De acordo com informações da Gerência de Projetos Coletivos para Indústria do Instituto, a maior parte das empresas do setor é de pequeno porte, o que facilitaria a implementação da cultura de inovação. "Hoje, mais de 90% das indústrias de bebidas são de micro e pequeno portes e a ideia é incentivar com que elas trabalhem com nichos diferenciados no setor. Para isso, é necessário uma integração maior com institutos de pesquisas do setor para promover inovações", destacou o analista de Projeto, Thadeu Neves.

O programa não visa o aprimoramento apenas do setor de bebidas. Ao todo serão 21 áreas contempladas, todas consideradas dinamizadoras da economia mineira. As reuniões ocorrerão até o fim de julho, sempre com o objetivo de discutir gargalos, desafios e oportunidades.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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