Capim Cheiroso investe no segmento de bebidas nobres

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A meta é estimular o consumo em eventos especiais


Com uma produção média anual de 30 mil litros, a Capim Cheiroso vem ganhando mercado e mostrando aos consumidores que a cachaça de alambique também é uma bebida nobre e adequada para ser servida em eventos especiais. As expectativas em relação ao consumo são positivas e o plano é ampliar as vendas da marca no mercado interno e, quando consolidada, negociar a bebida no exterior.
 
De acordo com o proprietário da cachaça Capim Cheiroso, Adão Marcos Conrado, os investimentos no projeto foram focados na qualidade e na produção artesanal diferenciada.
 
Quando o projeto foi iniciado, em 2001, foi definido que a cachaça seria diferenciada, para ter um status de bebida nobre. A ideia é que o produto seja reconhecido como uma bebida especial, da mesma forma que aconteceu em outros países com a vodca, o rum e o whisky.
 
“Nosso objetivo é mostrar que a cachaça é de qualidade e tem potencial para ser servida em grandes eventos, como festas de casamento, de empresas e formaturas, e até mesmo pelas companhias áreas. É uma bebida para ser apreciada”, explicou Conrado.
 
Para atingir o objetivo, Conrado explica que a produção da Capim Cheiroso é balizada por princípios importantes como a inovação de produtos, de atendimento e distribuição. A determinação para superar os desafios e confiabilidade nos relacionamentos também são considerados essenciais.
 
A produção, que é familiar, é feita no Sítio Morro da Forquilha, em Santa Bárbara, na região Central de Minas Gerais. Ao todo são quatro hectares plantados com cana-de-açúcar e com uma produtividade 90 toneladas de cana por hectare. Por ano, a produção fica em torno de 30 mil litros de cachaça nobre.
 
Nos próximos anos, com a consolidação no mercado interno, a área de produção poderá ser ampliada para até oito hectares. Todo o processo, dos cuidados com a cana, passando pelo processamento até a distribuição, é feito pela empresa, garantindo os padrões de qualidade da cachaça.
 
“Nosso objetivo é consolidar a marca, com o volume atual, no mercado interno, e após esse período caminharmos para as exportações. Se os resultados forem positivos vamos expandir o plantio e os sistemas de armazenamento e distribuição. Todo o processo será bem pensado para que a qualidade da bebida seja preservada”.
 
A qualidade nobre do produto é atestada pelo selo de qualidade da Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq) e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) com o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
 
A bebida é comercializada em três versões. A Capim Cheiroso Caipira é a parte nobre do processo de destilação amadurecida durante seis meses em recipientes de aço inoxidável. O produto é indicado para o preparo da tradicional caipirinha.
 
Já a Capim Cheiroso Cristal, também nobre, passa seis meses em recipientes de aço inoxidável e depois é armazenada por 12 meses em tonéis de jequitibá.
 
A versão Topázio é amadurecida durante seis meses em recipientes de aço inoxidável e armazenada por 24 meses, sendo 12 em tonéis de jequitibá e 12 em tonéis de carvalho. O processo confere à Topázio corpo e maciez, o que favorece a degustação pura da bebida.
 
O produto já é comercializado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no entorno de Santa Bárbara, e nos estados de São Paulo e Espírito Santo.
 
O retorno com a comercialização da bebida, segundo Conrado, é satisfatório. A atividade poderia ser mais rentável caso a cobrança de impostos fosse menor. “Cerca de 50% do preço da cachaça é referente aos impostos cobrados sobre a cachaça artesanal de alambique. Este é um gargalo que o setor enfrenta há muitos anos”.
 
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas


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