Preços do leite atingem recorde em agosto no Estado

Leia em 2min

O período de entressafra, o consumo elevado e a maior disputa entre os laticínios para aquisição do leite fizeram com que os preços recebidos pêlos produtores, em agosto, referente à produção entregue em julho, atingisse R$ 1,949 por litro na média líquida de Minas Gerais. O valor é considerado recorde e apresentou alta de 10,09% na comparação com o mês anterior. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Ce-pea), a tendência é de preços firmes para o leite.

A pesquisa do Cepea mostrou também que, na média nacional, houve uma valorização do leite de 10,5%, com o litro cotado a R$ 1,942.0 valor é o maior valor registrado desde agosto de 2016, quando o litro alcançou R$ 1,781, em termos reais (dados deflacionados pelo IPCA de julho/2020).

Os pesquisadores do Cepea explicam que desde o início do ano, os preços do leite, na média Brasil acumulam alta de 42,9%. Em Minas Gerais, o produtor recebeu, em média líquida, R$ 1,36 por litro de leite comercializado, o que gera uma valorização de 42,6% no valor quando comparado com o preço de R$ 1,94 recebido em agosto.

O aumento nos valores recebidos no campo ganhou força entre junho e agosto. No Estado, o produtor recebeu, em junho, R$ 1,52 pelo litro, valor que no pagamento de julho subiu para R$ 1,77 e atingiu o recorde em agosto, de R$ 1,94 por litro.

De acordo com os pesquisadores do Cepea, o aumento substancial dos preços se deve à concorrência acirrada entre as indústrias para adquirir o leite e recompor os estoques de produtos lácteos no varejo. Com a oferta restrita de leite no campo e o consumo dos derivados em alta, os preços atingiram patamares recordes.

Aumento sazonal 

 

Normalmente, já é esperado aumento dos preços do leite entre março e agosto, devido ao período de entressafra, quando as chuvas e a oferta de pastagem se tornam escassas, o que reduz a captação do leite.

Segundo o Cepea, a situação da oferta, em 2020, foi agravada por três fatores: pelas condições climáticas mais severas, que impactaram a retomada da produção leiteira (com destaque para a estiagem no Sul do País), pelo aumento nos custos de produção em relação ao ano anterior e pêlos efeitos associados à pandemia de Covid-19.


Fonte: Diário do Comércio  


Veja também

Preço do leite no RS tem o maior valor em 14 anos

No ritmo do comportamento do consumidor na pandemia, o leite do Rio Grande do Sul engatou uma alta que chega a um moment...

Veja mais
Leite: preço deve bater recorde em agosto e continuar subindo no 2° semestre, diz Cogo

Os preços do leite pago ao produtor e dos derivados lácteos devem subir ao longo do segundo semestre de 20...

Veja mais
Aumento da demanda faz preço do leite subir

O setor de lácteos no Brasil vem obtendo resultados positivos e, apesar da pandemia de Covid-19, a demanda segue ...

Veja mais
Preço da cerveja tem deflação de 1,20% em julho e mantém cenário de queda no ano

O preço da cerveja em domicílio recuou em julho. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasilei...

Veja mais
Heineken, Unilever e Pernod Ricard na luta contra a Covid-19

A Pernod Ricard, grupo de bebidas alcóolicas, se juntou a Unilever e ao Grupo Heineken para produzir um novo lote...

Veja mais
Coca-Cola prepara versão alcoólica da Topo Chico para América Latina e EUA

A Coca-Cola redobra a aposta no mercado de bebidas alcoólicas com uma nova versão de sua popular marca de ...

Veja mais
Preço ou rótulo? Como o brasileiro está comprando vinho

O enófilo, escritor, consultor e palestrante Carlos Cabral, estuda o universo dos vinhos desde 1969, ou seja, h&a...

Veja mais
Ambev vê melhora em volume desde abril

A Ambev vê melhora nos volumes depois de atingir o fundo do poço em abril, disseram executivos da empresa o...

Veja mais
Mercado de lácteos segue aquecido mesmo com a pandemia

A indústria de laticínios parece não ter sentido o golpe do novo coronavírus. Apesar de algu...

Veja mais