Restrições da China e Rússia a frango americano são desafio

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No momento em que divide a liderança na produção de frango com a Tyson Foods nos EUA, a Pilgrim's Pride - maior do país até 2008 - vê-se às voltas com obstáculos que podem atrapalhar os planos de ampliar suas exportações. As vendas externas respondem por menos de 10% da receita da empresa, e sua controladora, a JBS S.A., quer ampliar essa fatia.

 

A decisão da Rússia de proibir as compras de aves dos EUA, por ser contrária ao método de higienização das carcaças usado no país, e a imposição de altas tarifas de importação no produto pela China podem ser um entrave, no curto prazo, à pretensão da Pilgrim's.

 

Don Jackson, CEO da empresa, lembrou que a Rússia já interrompeu as importações de frango dos EUA " várias vezes no passado", mas as questões foram resolvidas e as compras retomadas. "Houve uma rodada de reuniões com autoridades russas e parece que foram positivas e haverá uma segunda rodada. Espero que isso seja resolvido".

 

Já o caso da China é mais complicado, admitiu Jackson, porque envolve outras questões comerciais entre o país asiático e os EUA. Ele considera que uma das razões para o governo chinês ter imposto tarifas de até 80% sobre o frango americano (a taxa no caso da Pilgrim's) é que os EUA impuseram restrições a alguns produtos chineses, como o pneu.

 

Segundo ele, os negócios da Pilgrim's ainda não foram afetados. "Mas se [os embargos] continuarem, há risco", reconheceu.

 

Se persistir, a medida russa elevará a oferta de leg quarter (coxa e sobrecoxa) no mercado dos EUA, afetando os preços. No caso da China, o impacto seria menor, já que o país importa itens não consumidos nos EUA, como o pé de frango. (AAR)
 

 

Veículo: Valor Econômico


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