Uma carreta com 32 vacas gordas - vendidas por um pecuarista de Mato Grosso do Sul para um frigorífico de São Paulo, por intermédio de uma corretora paulistana e outra paranaense - foi o primeiro negócio fechado por meio da Bolsa da Carne, um sistema eletrônico de comercialização de gado que começa a ser introduzido no País.
O sistema, que funcionará pela Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), controlada pela BM&F Bovespa, ainda está em fase de experimentação e divulgação. Mas sua adoção poderá significar uma revolução na venda de boi gordo no País.
A Bolsa vai funcionar por meio de 420 corretoras filiadas à BBM. Os pecuaristas farão a oferta pela bolsa, em leilão eletrônico. Nele, o pecuarista detalha as características do rebanho - animais entre 15 e 23 arrobas - e estabelece o preço mínimo por arroba, enquanto a indústria analisa o rebanho e faz a oferta.
Escala
Em caso de negócio, o frigorífico fixa a escala para recolhimento e abate para depois de dez dias. Mas, três dias antes do transporte, o frigorífico deposita 90% do valor da compra na conta de liquidação da BBM, que avisará o pecuarista para preparar os animais. Depois receber o rebanho, o frigorífico tem até o dia seguinte para emitir os dados, com valor total de arrobas e preço final. Com isso, a BBM faz o cálculo de liquidação; se o frigorífico pagou a mais, a Bolsa devolve a diferença, mas se pagou menos, o ajuste é feito entre as partes.
Veículo: DCI