Japão, Coreia, México e Canadá estão de olho nos suínos brasileiros

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O próximo destino da carne suína brasileira deve ser a Coreia do Sul. Segundo Enori Barbieri, secretário de estado de Agricultura e Desenvolvimento rural de Santa Catarina, uma comitiva chega ao Brasil no próximo dia 22 para abrir negociações.

 

Este é o primeiro passo sinalizado pelo reconhecimento de Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação pelos EUA. Para Pedro de Camargo, presidente da Associação Brasileira da indústria Produtora de Carne Suína (Abipecs), Canadá, Japão e México também serão novos destinos da carne. "Esperamos abrir novos mercados este ano", afirma.

 

Segundo Barbieri, o setor catarinense pode alavancar os embarques do País, de 600 mil toneladas, para mais de um milhão da carne no curto prazo.

 

O secretário informou que atualmente Santa Catarina exporta 170 mil toneladas da carne, mas possui capacidade imediata para aumentar mais 400 mil. "Se a validação norte-americana se confirmar a produção pode crescer", afirma Barbieri.

 

Camargo aposta no avanço de produção a partir de 2011. A proposta de abertura de mercado com os Estados Unidos entrou na última sexta-feira em consulta pública. Após 60 dias, caso não haja rejeição pelos norte-americanos, um certificado oficial será emitido reconhecendo o setor catarinense, livre, além da aftosa, da peste suína clássica e africana, e da enfermidade vesicular suína.

 

Segundo Barbieri, há cinco anos a produção de carne suína de Santa Catarina está estagnada. Do volume total produzido no estado, além das 170 mil toneladas da carne exportadas, 130 mil são consumidas dentro do mercado catarinense e 400 mil são distribuídas pelo Brasil.

 

Para Barbieri, a abertura de mercado com os Estados Unidos não significa que o país importará a carne brasileira, já que os norte-americanos são potenciais produtores. No entanto, Volmir de Souza, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), acredita que os Estados Unidos pode ser via de acesso do produto brasileiro para estes novos destinos. "Pode haver uma triangulação. Nossa carne poderá ser enviada para a China, Japão e Coreia do Sul por eles."

 

Os embarques da carne suína brasileira, segundo Souza, também estão em vias de se concretizar com a China e o mercado europeu. As restrições impostas pela Europa, como a identificação dos animais e a retirada do aditivo de crescimento ractopamina já estão em fase de ajuste. "O governo assinou, na última terça-feira, um compromisso de contratar 120 veterinários. Outra exigência dos europeus."

 


Veículo: DCI


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