Preço do salmão sobe até 50%

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Alta afeta restaurantes japoneses, que servem o peixe cru. Motivo é a redução da produção no Chile

 

Almoçar em um restaurante japonês vai pesar ainda mais no bolso. A culpa é do salmão. Isso mesmo, aquele peixe que muitos teimam em comer cru aumentou em cerca de 50% de preço nos últimos três meses. Para tentar não perder clientes, alguns donos de restaurante já testam outras opções para rechear o sushi, como a truta salmonada.

 

De acordo com o presidente dos comerciantes de pescado da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais (Ceagesp), Jiro Yamada, problemas no Chile causaram o aumento do preço do produto no Brasil. Em 2009, a produção de salmão no país vizinho foi cerca de 40% menor que em 2008 devido aos resquícios de um vírus que comprometeu parte da produção. “Além disso, o terremoto ocorrido no início deste ano também prejudicou a exportação do salmão.”

 

Segundo ele, a média diária de comercialização do salmão na Ceagesp caiu de 15 toneladas para pouco mais de cinco toneladas. “É a lei da oferta e da procura. Quando tem menos, o preço sobe”, diz. Com isso, o salmão premium que custava de R$ 16 a R$ 18 passou para R$ 26. Já o normal foi de R$ 12 a R$ 13 para R$ 18 a R$ 20.

 

Por conta desse aumento, o empresário Paulo França, um dos sócios do restaurante japonês Kiichi, com unidade nos Jardins e na Vila Olímpia, tem testado peixes alternativos. “O problema é que o brasileiro é muito acostumado ao salmão. Temos feito algumas experiências com a truta salmonada e outros peixes. Talvez tenhamos que promover algumas mudanças aos poucos.”

 

Já o empresário Wilson Alcântara da Rocha, dono do Baiano Sushi, em Perdizes, está preocupado com a possibilidade de ter que aumentar os seus preços. “Não temos condições de pagar para trabalhar, mas também não podemos correr o risco de perder clientes”, conta o empresário que, na última semana, pagou R$ 22 pelo salmão, enquanto que o normal é pagar R$ 14.

 

Em tempos de salmão caro, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Ricardo Bartoli, dá a dica: “Procurar outro tipo de comida. Pode continuar indo no restaurante japonês e comer outro peixe.”

 


Veículo: Diário de S.Paulo


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