Churrasco fica mais caro na Copa

Leia em 2min

Preço da carne bovina tem aumento médio de 2,53% em junho, aponta pesquisa. No ano, alta é de 5%

 

Dia de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. Para assistir à artida, nada melhor que uma reunião com os amigos ou parentes, sempre abastecida por um belo churrasco para matar a fome. No ntanto, um dos principais acompanhamentos dos torcedores em meio ao confronto está mais “salgado”, tanto no paladar quanto no bolso. Só em junho, em pleno Mundial, o preço da carne bovina acumulou um aumento de 2,53%.

 

A alta foi constatada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da USP (Cepea/Esalq). De acordo com o instituto, o quilo da carcaça casada (boi inteiro usado no atacado) fechou na quarta-feira (30) a R$ 5,27. Em 31 de maio, o valor era de R$ 5,14.

 

No primeiro semestre do ano, o preço teve um crescimento de 5%, apontou o Cepea/Esalq. O quilo da carne no atacado começou janeiro fixado em R$ 5,02. A carcaça casada contém os principais cortes usados no churrasco, como picanha, maminha e alcatra.

 

Para o Cepea/Esalq, o aumento ocorre devido a uma oferta menor de bois no mercado por conta do período de entressafra. Nessa época, os pecuaristas tratam os animais em confinamento, já que há escassez de pasto para a alimentação deles. Com essa situação, muitos produtores deixam de vender para os frigoríficos.

 

Estímulo da Copa

 

O vice-presidente de Comunicação da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Martinho Paiva Moreira, afirmou que o aumento da demanda por conta da Copa também estimula esse aumento. Para atenuar os reflexos, os estabelecimentos repassam os preços gradativamente para não assustar o consumidor. “Mas boa parte deles é absorvida pelas redes.”

 

Como forma de fugir da alta, os consumidores adotam duas alternativas. Uma delas é fazer menos churrasco em casa, mesmo em plena Copa. “É o jeito, pois ninguém gosta de aumento”, lamentou o técnico em eletrônica Josias Andrade.

 

“Eu já prefiro cortar os gastos em outras áreas para garantir o churrasco da família”, contou a aposentada Angelina Gonzalez Barbosa.

 


Veículo: Diário de S.Paulo


Veja também

Abate de bovinos cai e de frango fica estável, diz IBGE

O abate de bovinos caiu 5,3% no primeiro trimestre de 2010 ante o quarto trimestre de 2009, segundo divulgou ontem o Ins...

Veja mais
Argentina 'desperdiça' cota preferencial de carne da UE

Pela segunda vez em 30 anos, a Argentina não conseguiu alcançar as 28 mil toneladas de exportaç&oti...

Veja mais
Abate cai no 1º trimestre e interrompe fase de alta

Os abates de animais, que vinham crescendo desde o segundo trimestre do ano passado, recuaram neste início de ano...

Veja mais
JBS compra área para engorda de gado nos EUA por US$ 24 mi

O grupo JBS anunciou ontem, em comunicado ao mercado, que fez acordo para a aquisição da empresa McElhaney...

Veja mais
Tyson Foods prepara plano para avançar no Brasil

A Tyson do Brasil, subsidiária da multinacional americana Tyson Foods, já tem pronta a estratégia p...

Veja mais
Fazenda quer restrições a Sadia e Perdigão

Seae recomenda venda de marcas como Doriana   A Sadia e a Perdigão podem ter de vender marcas como Batavo ...

Veja mais
Copa do Mundo afeta consumo de carne suína

O bimestre junho-julho é tradicional período de alta de consumo de carne suína. Como faz todos os a...

Veja mais
Fusão Sadia-Perdigão enfrenta restrições

Para aprovação do negócio, Ministério da Fazenda recomenda licenciamento das marcas Sadia ou...

Veja mais
JBS reage à concorrência e busca aquisições

Frigoríficos: Marfrig saiu na frente com compra da Keystone, maior fornecedor da rede McDonald's no mundo . &nbs...

Veja mais