Para Marfrig, consumo em alta vai manter arroba do boi em alta

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 Marcos Molina dos Santos, presidente da Marfrig Alimentos, prevê que os preços da arroba do boi continuarão firmes no País, sustentados pela demanda interna aquecida. "A manutenção da alta da arroba do boi gordo no País dependerá muito da demanda do mercado interno. Mas há uma demanda forte, mesmo com repasse de preços. Daqui a pouco também teremos o final do ano, o pagamento do 13º salário, que contribuem para vendas aquecidas. Então, vejo novembro e dezembro de consumo aquecido e o preço da arroba ficará sustentado", afirmou, ontem, em teleconferência com jornalistas.

 

A companhia informou os resultados do terceiro trimestre: um prejuízo de R$ 30 milhões de julho até setembro.

 

A Marfrig, ao contrário do setor como um todo num cenário de escassez de matéria-prima (boi gordo), aumentou seu volume de abate em 20,7% no terceiro trimestre, para 750,1 mil cabeças, ante 621,4 mil cabeças no segundo trimestre. Segundo dados do Ministério da Agricultura, no período, o abate de gado bovino no Brasil caiu 5,4% na mesma base de comparação, passando de 5.610 mil cabeças para 5.356 mil cabeças.

 

Já na comparação com o terceiro trimestre de 2009, enquanto o abate de gado no Brasil caiu 2,4%, o do Marfrig cresceu em 95,4% Com isso, a participação de mercado da Marfrig no abate total de gado no País, que era de 7,0% no terceiro trimestre de 2009, e de 11,0% no segundo trimestre de 2010, cresceu para 14,0% no terceiro trimestre deste ano. "Trabalhamos muito com confinamento", explica Molina dos Santos. A utilização da capacidade da companhia no período no Brasil ficou em 65%, enquanto na Argentina, ficou em 60%. Já no Uruguai, o executivo não citou um percentual, porque, das quatro unidades que a empresa tem no país, duas não estavam em operação.

 

Sobre as exportações de bovinos, Molina disse que a demanda está aquecida e que na Europa, especificamente, há menos produção de carne bovina, o que apoia também as boas vendas no exterior. A participação de mercado da empresa com vendas externas de carne bovina in natura ao final do terceiro trimestre ficou em 18,9%.

 

Com relação à queda de 5,2% nos preços médios de bovinos praticados no exterior em dólar e do recuo de 7,5% em reais - ambos ante o segundo trimestre -, o presidente da Marfrig explica que foi uma questão de mix de itens vendidos ao mercado externo. "Acabamos por vender mais carne in natura no exterior e priorizando os processados no doméstico", disse o executivo do grupo.

 


Veículo: DCI


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