A BRF informou ontem que teve um lucro líquido de R$ 358,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 134% sobre igual período de 2012. A receita líquida da companhia nos três primeiros meses do ano foi de R$ 7,2 bilhões, 13,8% mais que no mesmo intervalo um ano antes.
A empresa também obteve melhora expressiva em outro indicador importante - o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que ficou em R$ 804 milhões no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 59% sobre igual intervalo de 2012. A margem Ebitda foi de 11,1% de janeiro a março deste ano, ante 8% no mesmo período de 2012.
A BRF divulgou ainda um Ebitda ajustado de R$ 852,5 milhões no primeiro trimestre do ano, alta de 60% na mesma comparação. De acordo com a empresa, a margem Ebitda ajustada no período foi de 11,8% no primeiro trimestre de 2013 ante 8,4% um ano antes.
Apesar de a pressão dos custos ter persistido no primeiro trimestre, a BRF teve lucro bruto de R$ 1,7 bilhão no período, alta de 26,3% em relação ao mesmo trimestre de 2012.
De acordo com a companhia, o resultado no primeiro trimestre foi possível graças ao reposicionamento de marcas e portfólios (após a venda de ativos para a Marfrig) e ao avanço da operação da Quickfood, na Argentina, adquirida da Marfrig. Segundo a BRF, o mercado interno representou 78,5% do resultado operacional e teve margem operacional de 13,4% no período.
Nesse front, as receitas atingiram R$ 4 bilhões no primeiro trimestre, alta de 4,2% sobre igual intervalo do ano passado. Os volumes foram 7,5% menores por conta da suspensão de linhas e transferência de ativos em função do acordo para a criação da BRF. Mas houve alta de 12,6% nos preços médios, o que compensou os custos médios 7,4% superiores, segundo a empresa.
A empresa (resultado da compra da Sadia pela Perdigão) também ampliou a receita com as exportações no primeiro trimestre deste ano, alcançando vendas de R$ 3,1 bilhões, um incremento de 31,1% em relação a igual período de 2012. O preço médio nas exportações também aumentou - 25,9% em reais - sobre os três primeiros meses do ano passado.
No fim do trimestre, a companhia tinha uma dívida líquida de R$ 7,153 bilhões, 2% acima do último trimestre de 2012.
Veículo: Valor Econômico