AveSui apresenta o que há de mais moderno no setor e espera receber 20 mil pessoas no CentroSul, em Florianópolis
Piso aquecido, climatizadores de ar e robôs totalmente programados para servir ao homem. Verdadeiras mordomias que agradariam até os clientes mais exigentes, mas que estão sendo aplicadas em galpões de suínos e aves para garantir bem estar animal, reduzir a mão de obra e aumentar a produtividade.
Todas essas tecnologias estão expostas aos avicultores e suinocultores na 11a AveSui, que começou ontem e segue até amanhã com expectativa de receber 20 mil pessoas no Centro de Convenções de Florianópolis, o CentroSul. Em uma área de 12 mil metros quadrados, a feira conta com 250 expositores, palestras e workshops, além de apresentar uma Granja Modelo que reúne o que há de mais inovador na cadeia produtiva destes animais.
No que diz respeito à produção de carne suína, o evento mostra um sistema de calefação por meio do uso de um piso térmico que mantém os leitões aquecidos. De acordo com o responsável pelas vendas do produto, Glemir Milaneze, o sistema é composto por uma iluminação especial que atrai os leitões para um compartimento revestido com o material aquecido, mantendo os animais em uma temperatura que favorece bem estar e desenvolvimento.
Alimentação facilitada e totalmente controlada
Atualmente, todas as fases de criação podem ser beneficiadas pela tecnologia, incluindo os estágios de gestação, maternidade, creche e terminação dos leitões. Em todos eles, o processo de alimentação pode ser facilitado com a utilização de robôs que literalmente fazem todo o trabalho realizado pelos funcionários. Até a bateria é recarregada por conta própria.
Inovação que não apenas facilita o trabalho, mas também estimula a permanência dos jovens no campo. Andrei Cesar Rupado que o diga. Ele é o inventor do robô tratador de suínos, desenhado há quatro anos e colocado no mercado há oito meses para agilizar e aprimorar a logística de cuidados com os animais.
O robô é capaz de dosar a quantidade de ração ideal para cada baia individual, registra a temperatura do ambiente, mapeia enfermidades e medicamentos utilizados, marca o consumo de alimento, controla o estoque no silo de ração, é acoplado com sensor de presença para abastecimento, entre outras facilidades, como a opção de ser programado para servir mais de uma pocilga. O robô atende a até dois mil animais, ou três galpões, e se desloca por meio de trilhos específicos.
– Encontrei uma oportunidade na dificuldade. Via o trabalho que meu pai tinha no trato com os animais e resolvi desenvolver o projeto. Desenhei em uma noite, coloquei para testes durante mais de dois anos e agora já está sendo utilizados em granjas do Paraná e Santa Catarina – relata o empreendedor.
Veículo: Diário Catarinense