Preço teve estabilidade no mês de maio

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A avicultura de corte apresentou um período de grande estabilidade durante o mês de maio, sinal que o mercado está melhor equilibrado, se comparado aos meses de março e abril, quando foram verificados quadros de excedente de oferta. A avaliação é do analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

A escassez de pintos de corte no mercado interno foi o fator chave para o ajuste do mercado. As exportações em recuperação ao longo do mês também apontam para um horizonte mais promissor para o setor durante o segundo semestre, considerando que a estrutura de custos não estará sobrecarregada.

"Tudo isso, levando-se em conta a entrada do milho safrinha no mercado. Resta saber se os avicultores vão manter os níveis de produção de acordo com a demanda, em caso de aumento expressivo da oferta haverá a quebra do fino equilíbrio que sustenta o mercado", completa o analista.

Em São Paulo, o quilo do frango vivo recuou de R$ 1,90 para R$ 1,80 entre 29 de abril e 29 de maio. No mesmo período, a cotação subiu de R$ 1,90 para R$ 1,95 no mercado integrado do Rio Grande do Sul. Na integração catarinense, a cotação estabilizou na casa de R$ 2,00.

No Oeste do Paraná, o preço passou de R$ 1,85 para R$ 1,90. Em Goiás, a cotação ficou estabilizada em R$ 1,85. Em Minas Gerais, preço também estável, no patamar de R$ 1,90. No Ceará, o referencial recuou de R$ 3,20 para R$ 3,00, enquanto subiu de R$ 2,80 para R$ 2,90 no Recife (PE). Em Belém (PA), o preço ficou inalterado, a R$ 2,90.

Produção - O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, projetou que o Brasil deverá fechar o ano com uma produção de carne de frango inferior às 12,645 milhões de toneladas registradas em 2012. "Estimamos um volume da ordem de 12,5 milhões de toneladas, pois houve um ajuste por parte do setor produtivo à nova realidade de demanda interna e externa", comenta.

Segundo Turra, a demanda interna de carne de frango tem sido impactada pelo grau elevado de endividamento da população brasileira, bem como pela maior oferta de carnes concorrentes, como a bovina e a suína. "Talvez o consumo interno possa crescer um pouco, ficando próximo da média per capita do ano passado, de 45 quilos", afirma.

Em âmbito externo, o dirigente acredita que os volumes a serem embarcados também não terão grande crescimento frente à 2012, com médias mensais um pouco acima das 300 mil toneladas, o que dependerá dos volumes que poderão ser demandados pelo México. "O maior avanço, de forma geral, será na receita, que tende a crescer frente ao ano passado", disse.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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