A oferta de bovinos prontos para abate é afetada pela condição das pastagens.
Maior oferta de boi gordo confinado no mercado interno influenciou o preço.
A maior oferta de boi gordo confinado no mercado interno proporcionou bom volume de compras por parte dos frigoríficos. O melhor posicionamento das escalas de abate beneficiou a recomposição dos estoques do mercado atacadista. Essa situação resultou em nova queda dos preços da carne durante a segunda quinzena de julho.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, até mesmo os frigoríficos de menor porte conseguiram posicionar as escalas de abate de maneira adequada, entre três e quatro dias úteis. Os estabelecimentos de maior porte ainda contam com a maior incidência de contratos a termo durante a entressafra, além da oferta dos confinamentos próprios que auxiliam a atender a demanda.
O período de virada de mês entre julho e agosto apresenta um interessante ponto de consumo no mercado interno. Além do recebimento da massa salarial há o reforço de demanda proveniente das comemorações relacionadas ao Dia dos Pais. Por conta disso, a tendência é que sejam observados preços mais altos, tanto para o boi gordo quanto para os cortes comercializados no atacado.
A oferta de bovinos prontos para abate está sendo afetada pela condição das pastagens. Dessa forma, está oscilando assim como o preço da arroba. Em outras palavras, nas praças onde a oferta é maior, os preços situam-se em patamares discretamente menores. As escalas de abate também passam pelo mesmo viés, mas vale lembrar que a queda de braço, apesar de menos intensa ainda continua em razão da lentidão na retomada do consumo. Pode-se dizer que a demanda das indústrias continua atendida.
A média mensal de preços de julho em São Paulo foi de R$ 103,38. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 98,54. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 97,76. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 95,13. Em Mato Grosso, preço a R$ 89,73 por arroba.
Do atacado ao balcão o mercado opera com volumes reduzidos em razão da redução de abates. Como o mercado está enxuto, os preços seguiram com probabilidades de manter-se firmes ante a expectativa de aquecimento do consumo vez que findo o período de férias com provável retorno dos consumidores às compras e em razão do período de pagamento dos salários poderá ocorrer reajuste nos preços do atacado ao varejo.
No atacado, a média mensal foi de R$ 4,99 nos cortes de traseiro e de R$ 8,04 nos cortes de traseiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG