O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, voltou a registrar variação negativa na segunda quadrissemana de janeiro.
A queda do indicador, a quarta consecutiva, foi de 1,4%. Ela foi puxada pela erosão das cotações no grupo de produtos de origem animai, mas também foi ajudada por um leve recuo entre os vegetais.
No caso dos produtos de origem animal - que caiu, em média, 4,63% -, os produtores de todos os itens passaram a receber menos. A maior baixa foi a da carne suína (13,01%), seguida por carne bovina (5,56%), carne de frango (4,03%), ovos (1,58%), leite C (1,36%) e leite B (0,99%).
Conforme o IEA, os mercados das carnes suína e bovina se ressentem da menor demanda por parte dos abatedouros, "possivelmente determinada pelo comportamento dos consumidores".
No grupo dos produtos de origem vegetal, que em média recuou 0,11%, as maiores desvalorizações foram as do tomate para mesa (19,78%), da laranja para mesa (12,7%) e do amendoim (8,32%). Arroz, banana nanica, café e laranja para indústria caíram menos.
Os destaques de alta foram feijão (18,42%), batata (17,28%) e milho (8,95%), mas também subiram a cana e a soja, O trigo permaneceu estável. De acordo com análise do IEA, os grãos, inclusive o feijão, encontraram sustentação nos problemas provocados pela estiagem no Sul do país, que provocou quebras da produção.
Veículo: Valor Econômico