O mercado brasileiro de suínos apresentou novas altas de preço na semana passada, o que levou a média diária no Centro-Sul a atingir um novo recorde histórico, de R$ 3,55 o quilo vivo ou 1,57% acima do valor praticado na semana anterior, de R$ 3,49. O analista de Safras & Mercado Allan Hedler, destaca que o mercado, apesar da alta, já apresentou um desempenho mais comedido frente às últimas semanas, talvez por conta da proximidade do final do mês.
Por outro lado, com os números de abates registrando queda pelo segundo mês consecutivo, o que resulta em uma menor disponibilidade de carne suína no mercado interno, e com a demanda aquecida no final do ano, a tendência é de bom rendimento para o setor no decorrer dos próximos meses.
No atacado, foi observada alta no Paraná onde a carcaça tipo exportação passou de R$ 5,16 para R$ 5,88 por quilo, bem como no Mato Grosso, onde foi registrada alta de R$ 1,34 no quilo da carcaça comum, passando de R$ 4,96 para R$ 6,30. Em São Paulo a carcaça tipo exportação teve recuo de vinte centavos, passando de R$ 6,70 para R$ 6,50.
No que tange às exportações, Hedler destaca que foi observada uma queda considerável de 23,8% em setembro em relação a igual período do ano passado. As vendas externas somaram 45,47 mil toneladas ante as 59,7 mil toneladas exportadas em setembro do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro as exportações somam 383,2 mil toneladas, volume 7,8% menor em relação aos nove primeiros meses do ano passado, quando o país embarcou 415,7 mil toneladas de carne suína.
Destinos - De acordo com o analista, os principais destinos da carne suína, considerando o acumulado de janeiro a setembro, foram Rússia, com participação de 27,3%, Hong Kong, com 23,7%, e Ucrânia, com uma participação de 14,4%.
A análise semanal de Safras & Mercado apontou que, em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 80,00, mesmo valor da semana passada. No Rio Grande do Sul, o preço subiu de R$ 2,84 para R$ 2,89 na integração e de R$ 3,83 para R$ 3,89 no interior. Em Santa Catarina o preço subiu dez centavos na integração, atingindo patamar de R$ 3,00, tendo incremento de cinco centavos no interior, de R$ 3,75 para R$ 3,80.
Em Goiás o quilo vivo passou de R$ 4,20 para R$ 4,30. No interior de Minas Gerais a cotação teve valorização de dez centavos e chegou a R$ 4,30 também. Em Mato Grosso o quilo vivo seguiu em R$ 3,20 na integração.
Veículo: Diário do Comércio - MG