Com demanda em alta, o mercado continua aquecido

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Frigoríficos começam a pressionar, para baixo, as cotações do animal vivo



O mercado brasileiro de suínos continua aquecido, atingindo novos patamares recordes na média do Centro-Sul do quilo do suíno vivo, de acordo com a série histórica de Safras & Mercado. O recorde do preço médio diário no Centro-Sul atingiu R$ 3,59 o quilo vivo na média diária da semana passada, elevando o preço médio em outubro para a casa dos R$ 3,46, que supera mais uma vez o recorde mensal registrado em dezembro do ano passado, de R$ 3,21. Contudo, as cotações já começam a se estabilizar.

Nos últimos dias, foi observada uma queda nas cotações em boa parte das praças da região Centro-Sul, reflexo da dificuldade na comercialização da carne nos altos patamares de preço no mercado atacadista, fazendo com que os frigoríficos também pressionassem as cotações do animal vivo.

Mas, segundo Safras, isso não significa que o mercado mudou, trata-se apenas de uma restrição normal de fim de mês. Com o recebimento da massa salarial durante o período de virada de mês, a tendência é que o preço volte a subir na maioria das praças nas próximas semanas, movimento que deverá perdurar até o final do ano.

A bolsa de suínos de São Paulo define referência em R$ 78,00 a arroba, remetendo a um preço médio por quilo do animal vivo de R$ 4,16. No mercado independente do Rio Grande do Sul o quilo vivo recuou dez centavos, passando de R$ 3,89 para a casa dos R$ 3,79, já na integração as cotações se mantém estáveis a R$ 2,89 o quilo vivo.

Queda registrada também em Goiânia e no interior de Minas Gerais, onde o produtor passa a receber o equivalente a R$ 4,30 pelo animal vivo, redução de dez centavos.

No Oeste do Paraná a queda também foi de dez centavos, passando de R$ 3,80 para R$ 3,70, enquanto que no mercado livre e na integração o movimento foi de alta, passando de R$ 3,77 para R$ 3,85 e de R$ 3,70 para R$ 3,85 respectivamente.


Demanda -
No mercado atacadista o preço da carcaça especial e comum recuou cinco centavos no Estado de São Paulo, sendo cotada a R$ 5,90/kg e 5,75/kg respectivamente. Já o pernil com osso teve desvalorização de 15,6%, passando de R$ 7,70 para R$ 6,50 durante a semana passada. No Paraná, houve alta de seis centavos no preço da carcaça tipo exportação, sendo cotada hoje a R$ 6,05/kg.

A demanda segue relativamente estável, e a oferta continua reduzida por conta da redução de animais prontos para o abate, conforme dados levantados pelo Ministério da Agricultura. O mês de setembro registrou queda de 11,3% no número de animais abatidos em relação ao ano passado. No acumulado dos nove primeiros meses do ano foram abatidos cerca de 25,8 milhões de animais, número que fica 3% abaixo do mesmo período do ano passado, em que foram abatidos 26,6 milhões de animais.

Com o mercado retomando o fôlego e com os custos de produção mais favoráveis, os produtores voltam a investir no plantel, aumentando a oferta no mercado o que provavelmente resultará em preços mais baixos no longo prazo. Entretanto, esse processo de recuperação é lento e deve se estender ainda durante o primeiro semestre de 2014.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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