Suinocultores de Minas estão otimistas em relação ao mercado interno

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Em 2015, assim como em 2014, não é esperado incremento no número de suínos criados em Minas Gerais

 



Os produtores de suínos em Minas Gerais estão otimistas em relação ao mercado neste ano. O consumo crescente e os investimentos em tecnologias, considerados fundamentais para ampliar a produtividade e a qualidade, tornam o produto cada vez mais competitivo e valorizado. Além disso, a expectativa de manutenção dos preços mais alto da carne bovina favorece a migração dos consumidores para carnes mais acessíveis, como a de suínos e de frango.

Neste ano, também será lançado o programa de certificação da suinocultura mineira, visando à maior profissionalização do setor. De acordo com o vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, em 2015, assim como em 2014, não é esperado incremento no número de suínos criados em Minas Gerais.

"Nosso objetivo é investir na melhoria da produção e aprimorar a exploração dos recursos para que o crescimento da oferta de carne suína ocorra pelo ganho em produtividade. Isso é importante para manter a oferta equilibrada com a demanda e garantir a rentabilidade do setor", afirma.

Em relação aos preços, a tendência é que os mesmos se mantenham acima dos custos de produção. Nas primeiras semanas de janeiro, os valores pagos pelo quilo do suíno vivo ficaram mais altos que a média de dezembro, período de maior demanda para o produto.

De acordo com dados da Asemg, o quilo é negociado, em média, a R$ 4,60, valor 1,4% maior que os R$ 4,53 praticados na média de dezembro. Mesmo com a pequena variação, o resultado é positivo, já que janeiro é um mês de pouca demanda devido ao período de férias. Em janeiro de 2014, o mesmo volume era negociado a R$ 4,16.


Exportações - Um dos fatores que poderá contribuir para a sustentação dos preços são as exportações. De acordo com Cardoso Penna, o diagnóstico de um surto de diarreia epidêmica suína (PED) no plantel da Ucrânia, que é um dos grandes produtores mundiais, aliado à doença também registrada nos Estados Unidos, tem causado a morte de milhares de animais, o que poderá comprometer o fornecimento global de carnes.

"A situação desses países é preocupante, já que a doença registrada na Ucrânia, se não controlada, pode comprometer a produção também na Rússia. Com a oferta menor de carne para exportar, abre-se uma nova oportunidade de expansão dos embarques brasileiros, e Minas Gerais é um dos estados que tem capacidade de atender a esta provável demanda", avalia.

Vários projetos tem sido desenvolvidos para que a carne suína produzida no Estado atenda as mais rigorosos padrões de qualidade. Segundo Cardoso Penna, em meados de março, deverá ser lançado em Minas Gerais o projeto para implantação de certificação da suinocultura mineira. O projeto básico já foi desenvolvido e aprovado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Outras iniciativas que serão desenvolvida ao longo do ano são o estímulo ao uso de novas tecnologias e o incentivo para ações que promovam o bem-estar animal.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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