Minas Gerais foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre da peste suína clássica. O status foi aprovado durante a 84ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na última semana. A conquista do certificado abre novas oportunidades para ampliar o mercado de atuação, agregar valor ao produto e atestar a qualidade e a sanidade da carne suína produzida no Estado.
De acordo com o gerente de Defesa Sanitária Animal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Guilherme Costa Negro Dias, o reconhecimento garante a manutenção das exportações de carne suína, o que é considerado fundamental para o crescimento do setor.
“A maioria dos países para os quais exportamos carne suína segue os padrões internacionais de qualidade e sanidade. O reconhecimento de Minas como zona livre da peste suína clássica, por parte da OIE, servirá de base para todos os países que desejam fazer a importação do produto e para garantir a manutenção dos mercados já atendidos”.
Além de Minas Gerais, os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins, parte do Amazonas (municípios de Guajará, Boca do Acre, sul de Canutama e sudoeste de Lábrea) e o Distrito Federal também foram classificados como zona livre de peste suína clássica. Até então, somente o Rio Grande do Sul e Santa Catarina tinham o certificado da OIE.
“A conquista do certificado é um subsídio muito grande para a suinocultura nacional. Em Minas Gerais é a confirmação do sério trabalho desenvolvido pelo IMA e pelos suinocultores. A garantia da sanidade abre novos mercados e agrega valor à carne suína, o que é importante para o desenvolvimento da atividade”.
De acordo com as informações do Mapa, a peste suína clássica, causada por vírus, é altamente contagiosa e tem notificação compulsória para a OIE. Provoca febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras, dificuldades respiratórias e pode levar à morte do animal. Os últimos casos foram registrados no Brasil em agosto de 2009, no Amapá, Pará e Rio Grande do Norte.
“A doença tem alto nível de mortalidade e gera inúmeros prejuízos. Além da perda do rebanho, o País pode ter contratos de exportação suspensos, o que gera perdas financeiras importantes”
Segundo o IMA, o plantel de Minas Gerais é composto por 3,2 milhões de suínos distribuídos em 1,2 mil granjas, sendo 32 delas Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas (GRSC).
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG