A JBS reverteu o lucro do primeiro trimestre de 2015 e registrou prejuízo de R$ 2,741 bilhões no primeiro trimestre de 2016. O resultado foi impactado pelo resultado da proteção cambial, conforme informe de resultados enviado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 22,5% de janeiro a março de 2016 ante igual intervalo do ano passado, para R$ 2,137 bilhões. A margem Ebitda ficou em 4,9%. Segundo o informe de resultados, o Ebitda foi impactado pela redução de 35,8% do Ebitda da PPC e pelo resultado negativo da JBS USA Carne Bovina.
De janeiro a março deste ano, a receita líquida totalizou R$ 43,911 bilhões, um avanço de 29,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, a JBS registrou uma despesa financeira líquida de R$ 4,765 bilhões.
A receita de variações cambiais ativas e passivas foi de R$ 1,854 bilhão, enquanto que o resultado financeiro com derivativos, que inclui as despesas relacionadas à proteção da variação de moedas, foi de R$ 5,823 bilhões.
Reorganização societária
O CEO global do JBS, Wesley Batista, iniciou nesta quinta-feira, 12, a teleconferência dos resultados da companhia citando a proposta de reorganização societária, divulgada ao mercado na quarta-feira. Segundo Batista, "a proposta vem sendo analisada há algum tempo com intuito de criar estrutura societária que reflita aquilo que a empresa se tornou nos últimos anos, de ser uma empresa brasileira global no setor de alimentos".
Ele afirmou ainda que a nova organização deve refletir melhor a presença da empresa no mercado global. Além disso, defendeu que a estrutura aumenta o acesso da empresa a financiamento internacional, "criando uma capacidade de expressiva redução do custo de capital".
"Acreditamos que reorganização proposta vai alavancar o perfil da JBS dentro da comunidade global de investidores internacionais", afirmou o CEO. A proposta, segundo Batista, "segue evolução natural da JBS para se firmar como player no setor global de alimentos".
Na quarta, a JBS SA anunciou que irá realizar uma reorganização societária, com a criação da JBS Foods International, que será listada na Bolsa de Nova York (Nyse) e na BM&FBovespa, por meio do programa de Brazilian Depositary Receipts (BDR).
De acordo com a empresa, todos os negócios fora do Brasil e os negócios da Seara Alimentos serão transferidos para a JBS International. Após a mudança, a JBS SA passa a se chamar JBS Brasil, continuará com o controle dos negócios de carne bovina no Brasil, além da divisão global de couros.
Veículo: Jornal DCI