Depois de repetidas altas no preço da carne bovina, o frango também começa a pesar no bolso do consumidor. A proteína animal está 59% mais cara do que no ano passado, segundo levantamento do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais). Em outubro de 2015, o quilo do frango congelado da marca Sadia, por exemplo, era vendido por R$ 4,58. Neste ano o valor chega a R$ 7,30 nas prateleiras dos supermercados. Enquanto que o quilo dos cortes bovinos acém e picanha, tiveram uma variação mínima, de 5%, se comparado ao mesmo período no ano passado. Depois de substituir a carne bovina, agora o consumidor tenta encontrar alternativas para o frango. O educador físico de 29 anos, Hugo d'Ávila, não abre mão do frango no dia a dia e para economizar, comprou o tipo filé sassami que é mais barato que outros cortes.
"Eu não compro carne bovina regularmente porque está muito caro, só se for para algum prato especial. Já o frango eu gasto por semana em média R$ 17 reais, pois pratico muitos exercícios, e ela por ser rica em proteína me ajuda com os treinos", conta. Já o técnico de informática, Jorge Miranda de 26 anos, reduziu em 50% o valor reservado para a compra dos alimentos. "Nós moramos em três pessoas e antes gastávamos R$ 100 por mês comprando carne e frango. Com esse valor passávamos o mês inteiro. Hoje além de reduzir pela metade o valor reservado mensalmente, ainda precisamos alternar os pratos do cardápio. Quando não conseguimos comprar a carne fazemos alguma torta com legumes, por exemplo".
Outras carnes - Ainda de acordo com dados do Nepes, o preço da carne bovina tem se mantido estável. O quilo do acém, por exemplo, está custando R$ 14,64, quase 5% a menos se comparado ao ano passado, quando chegava a R$ 15,35. Já o quilo da picanha teve uma variação de 4,86% em relação ao mesmo período no ano passado, chegando a custar R$ 32,26. Neste mês o preço cobrado nas prateleiras chega a R$ 33,83, o quilo.
O quilo do pintado em posta era vendido por R$ 26,69 em outubro, aumento de 36% se comparado ao mesmo mês do ano passado, quando chegou a custar R$ 19,64. Solange Barbosa, explica que não sentiu tanto o aumento no preço do frango, mas sim da carne. "Antes eu encontrava o quilo do contra filé por R$ 15 e hoje em alguns supermercados eu vejo que está custando até R$ 22.
Já o coxão duro eu não senti tanta diferença no preço". Ela explica que pelo menos duas vezes na semana cozinha frango e sempre encontra cortes em promoção, fator que ajuda na hora de encontrar uma alternativa para a compra das carnes. "Eu e meu esposo consumimos 6 kg de carne mensalmente e percebemos que a variação nos preços é geralmente em dias de promoção. Mas não deixamos de incluir a carne no cardápio, e como o frango está sempre na promoção eu alterno entre coxa, peito, sobrecoxa", explica.
Fonte: Campo Grande News