De acordo com o primeiro levantamento oficial do setor, no ano passado, foram cultivas 640.510 toneladas em todo o País, alta de 0,39% sobre 2015
São Paulo - A produção brasileira de peixes deve crescer 10% em 2017 na comparação com o ano passado, estimou nesta terça-feira a Associação Brasileira Da Piscicultura (Peixe BR). Em 2016, o setor faturou R$ 4,3 bilhões no ano passado, com a produção de 640.510 toneladas de peixes em todo o País - alta de 0,39% em relação a produção do setor em 2015. Os números fazem parte do 1º levantamento oficial divulgado ontem pela Associação Brasileira Da Piscicultura (Peixe BR).
De acordo com a entidade, o Paraná foi o Estado com maior produção de peixes. Os produtores paranaenses entregaram 93.600 toneladas, uma elevação de 17% em relação a cultivado em 2015. "O Paraná superou as adversidades do ano e, contando com o indispensável trabalho dos projetos aquícolas independentes e, especialmente, das cooperativas e seus produtores integrados", observa a Peixe BR, em relatório. O Estado também encabeçou a atividade na Região Norte que atingiu 158.900 toneladas, avanço de 4,81% no último ano.
A vice-liderança ficou com Rondônia, que produziu 74.750 toneladas de peixes no último ano. Segundo a associação, o aumento dos projetos de peixes redondos, característica marcante da atividade no estado, proveu uma alta de 15% no volume em relação a 2015.
Reforço paulista
O Estado de São Paulo foi o terceiro maior em piscicultura no Brasil, com 65.400 toneladas cultivadas em 2016, um acréscimo de 9% frente a 2015. De acordo com o 1º levantamento da Peixe BR, foram os pescadores paulistas puxaram o crescimento de 2,29% da atividade na Região Sudeste, no período apurado.
O Instituto de Pesca (IP) da Secretaria de Agricultura de São Paulo recebeu, nesta semana, o aporte de R$ 4,7 milhões dos cofres do governo estadual para a construção de 27 novos tanques. Atualmente, o local tem capacidade de produção de 64,2 toneladas de pescado por ano, realiza pesquisas e até 600 análises mensais de qualidade da água.
"Os novos tanques, além de garantir melhores condições de pesquisa, darão mais chances para que sejam firmadas parcerias com a iniciativa privada", avalia o diretor do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Instituto, Giovani Gonçalves. Os tanques serão utilizados para aumentar as pesquisas em sanidade, manejo, genética, reprodução e criação de alevinos.
Da redação
Fonte: DCI - São Paulo