Com Carne Fraca, BRF tem aumento de despesas no 1º trimestre

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A BRF informou ontem (11) que fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 286 milhões, revertendo lucro de R$ 39 milhões no mesmo período do ano anterior. Entre os fatores que puxaram o resultado, a empresa citou a operação Carne Fraca, que resultou em aumento das despesas e na queda de receitas com importações após a restrição de alguns países.


A empresa teve queda de 3,8% na receita líquida no período, ainda na comparação com o primeiro trimestre de 2016, de R$ 8,12 bilhões para R$ 7,8 bilhões. O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado somou R$ 506 milhões, queda de 50% em relação ao primeiro trimestre de 2016.


Efeitos da operação

No balanço, a empresa diz que houve um aumento na despesa líquida, que totalizou R$176,9 milhões no primeiro trimestre, puxada especialmente pelos efeitos da Operação Carne Fraca.
"Esse aumento é reflexo principalmente de despesas não recorrentes no período", diz a empresa, estacando que foram usados R$ 40 milhões em itens como gastos de mídia e comunicação, escritórios de advocacia, fretes, armazenagem, entre outros.


A operação impactou ainda os ganhos da empresa com exportações, já que houve redução no volume de lotes com destino à China e Hong Kong. Esses países estão entre os principais importadores de carne do Brasil, e anunciaram restrições aos produtos após a deflagração da operação.

 

"O trimestre também foi marcado pela deflagração da Operação Carne Fraca, um dos episódios mais desafiadores enfrentados pelo agronegócio brasileiro, envolvendo dezenas de empresas do setor. Esse episódio exigiu ainda mais foco, disciplina e comprometimento de todo o time BRF", disseram na carta de abertura dos resultados Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração da empresa, e Pedro Faria, diretor presidente global.

 


Fonte:G1


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