Os criadores de suínos do Paraná terminam o ano com o mercado em expansão. No oeste do estado, a produção cresceu, o que incentiva os investimentos de olho no futuro.
O ano de 2017 foi um recomeço para o produtor Júlio César Cirico. O agricultor, de Cascavel, no oeste do Paraná, mexeu a vida toda com gado leiteiro. Como a atividade não ia bem, resolveu trocar a ordenha pela engorda de suínos. A nova granja da família abriga 870 animais. O produtor está feliz da vida com os resultados e a decisão que tomou. "É uma renda limpa. Depois que paga, o chiqueiro você recebe limpo", conta Júlio.
O crescimento do mercado era a garantia que o Júlio precisava para começar a investir. O Paraná já é o segundo maior produtor de carne suína do país, com quase 20% da produção nacional. A produção paranaense deve fechar 2017 com 750 mil toneladas de carne. Mais de 65% estão no oeste do estado.
Neste ano, a produção de suínos da Cooperativa de Cascavel cresceu 50%, chegando a 1,8 mil cabeças por dia. O que alavancou esse crescimento foi o custo da produção, que diminuiu.
"O milho que teve uma queda de preço de janeiro a final de novembro de 20% e o farelo de soja de 15%. Com isso, o custo final do suíno caiu de R$ 3,80 caiu em novembro para R$ 3,35", explica o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Em Assis Chateaubriand, a Frimesa, outra gigante do setor, está construindo uma unidade de abate de porcos. Ela fica pronta em 2019, com capacidade para abater 3.750 cabeças por dia.
"A gente está fazendo um projeto com a visão para os próximos 15 anos, que possamos produzir com baixo custo, porque cada vez mais a gente tem que conseguir fazer as coisas com baixo custo, com a maior tecnologia, com a maior qualidade, porque assim o mercado exige", afirma o presidente da Frimesa, Valter Vanzella.
Paraná e Santa Catarina lideram a produção de suínos. Juntos têm 35% do mercado.
Fonte: Site Rádio Grande FM 92,1