O mercado de carne sem osso ainda não sabe o que é valorização ou estabilidade em 2018. Desde o começo de janeiro foram cinco semanas seguidas de desvalorização no atacado. Os preços caíram, em média, 6,0% no período.
O comportamento que mais chama a atenção, por contrariar as expectativas, é o do começo de fevereiro. É inegável que se esperava uma melhora no cenário. O pagamento regular de salários e a melhora dos indicadores econômicos, em uma época de sazonal melhora de preços da carne, sustentavam o prognóstico positivo.
A boa notícia é a valorização do mercado atacadista, em doze meses, quase igual à da inflação. Em 2017, quase nunca se viu variação dos preços da carne ficar acima do registrado um ano antes, mesmo em valores nominais.
Os frigoríficos vão se virando com as margens, tentando pressioná-las o mínimo possível, mediante ofertas menores de compra para a arroba do boi gordo.
Mas, cinco semanas seguidas de desvalorização nos cortes desossados foram suficientes para trazer a diferença entre o preço do boi gordo e a receita das indústrias para o menor patamar desde o final de 2016, 18,0%.
Por fim, a melhora no mercado segue intimamente ligada ao tamanho e à velocidade da recuperação econômica.
Fonte: Scot Consultoria