Embargo ao frango brasileiro

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O presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra (PP), criticou o embargo do frango brasileiro para a União Europeia. Ele afirmou que a decisão foi política, não se baseou em uma análise técnica, pois há 40 anos o Brasil exporta para aqueles países e "nunca tivemos problemas", segundo ele. Turra descartou uma possível queda no preço do frango no Brasil caso seja mantido o embargo, o que ele não acredita.

 

Segundo o presidente da ABPA, o Brasil é o maior exportador de frango do mundo, e a União Europeia é seu principal comprador. O bloco é responsável por 7,5% do frango vendido pelo País ao exterior em toneladas, e 11% em receita, segundo dados da entidade. Caso os países importadores procurem o produto em outros países, como a Argentina e a Tailândia, não encontrarão produção para atender a suas necessidades de consumo. O Brasil foi atingido duramente com a decisão, que afeta 4,1 milhões empregados do setor. Para Francisco Turra, a expectativa é que haja uma solução em breve, pois "nós nunca tivemos problemas sanitários na exportação de frangos".


Audiências públicas

A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) informou à coluna que a Comissão de Agricultura do Senado, presidida pelo senador Ivo Cassol (PP-RO), aprovou, nesta semana, a realização de audiência pública para avaliar ações em relação ao embargo da União Europeia à importação de frango proveniente de 20 frigoríficos brasileiros. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), foi convidado para o debate que deverá ocorrer nos próximos dias.

 

Política desleal

Ana Amélia reiterou que há necessidade de o governo brasileiro reagir de maneira firme em relação à suspensão da compra da carne de frango. "Estamos em contato permanente com o ministro Blairo Maggi, e esperamos que sejam tomadas medidas fortes contra essa política protecionista desleal. A prioridade, por enquanto, é evitar que haja demissões no setor", disse a parlamentar. Ana Amélia lembrou que o Rio Grande do Sul é um dos mais prejudicados com a medida que atinge dois frigoríficos no Estado, em Marau e Serafina Corrêa. No Rio Grande do Sul, quase metade dos municípios tem produtores de frango.


Fonte: Coluna Repórter Brasília - Jornal do Comércio

 


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