O frigorífico brasileiro JBS, maior produtor e exportador mundial de carne bovina, informou ontem que decidiu ampliar voluntariamente um recall de carne bovina nos Estados Unidos, anunciado no último dia 24, incluindo cerca de 172,4 toneladas de produto por causa de uma possível contaminação com a bactéria Escherichia Coli. A presença do micro-organismo em alimentos é indicativa de contaminação com fezes e pode causar intoxicação alimentar e gastroenterites, entre outras complicações.
Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o recall é resultado de uma investigação do Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos sobre 24 casos de contaminação com a bactéria em vários Estados americanos. Desse total, 18 teriam a mesma causa. O órgão disse que os produtos que podem estar contaminados saíram das instalações da Greeley, subsidária da JBS Swift baseada em Colorado, nos dias 21 e 22 de abril.
Na Rússia, outra empresa brasileira do setor, a Doux Frangosul, teve problemas com bactérias na carne suína. A presença da bactéria listeria em quantidade acima da tolerância nas amostras coletadas pelo Serviço Veterinário russo (Rosselkhoznadzor) determinou a suspensão temporária das cargas provenientes da unidade de Caxias do Sul (RS). A unidade frigorífica consta da instrução publicada no site do Rosselkhoznadzor, junto com duas unidades de processamento de suínos e uma de aves dos Estados Unidos, uma empresa processadora de pele de porco da Alemanha e uma outra empresa de pele suína da Espanha.
A Rússia é o principal mercado da carne suína brasileira, ficando com 47,3% do volume exportado pelo Brasil entre janeiro e maio deste ano e 49,1% da receita obtida com as exportações. Nos cinco primeiros meses do ano foram embarcadas para a Rússia 113,75 mil toneladas de carne suína, que renderam ao Brasil US$ 235,8 milhões.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ