Minerva atinge faturamento recorde

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O frigorífico Minerva manteve, em julho, o nível de utilização de sua capacidade instalada em torno de 80%, afirmou o diretor-presidente da companhia, Fernando Galletti Queiroz, durante teleconferência com analistas realizada ontem. "Em julho também atingimos recorde absoluto de faturamento", acrescentou. A empresa encerrou junho com 83% de utilização da capacidade, próximo a níveis históricos, mesmo com a entrada em operação da unidade de Araguaína (TO), com capacidade de abate de 800 cabeças por dia e de desossa de 1,6 mil toneladas por mês. De abril a junho, o Minerva registrou aumento de 25% na produção consolidada, de acordo com informações do relatório de administração que acompanha o balanço financeiro do segundo trimestre.

 

"Temos mais capacidade entrando e esta também está sendo utilizada", afirmou Queiroz. Ele ressaltou que, como o preço do boi gordo, principal matéria-prima da indústria frigorífica, vem retornando dos picos de alta registrados recentemente, as margens poderão ser mantidas. "É sustentável o que estamos fazendo. Os passos que demos em investimentos estão maturando no momento certo", acrescentou.

 

Entretanto, o executivo disse que a companhia já percebe reversão do ciclo pecuário. No ano passado, houve forte alta dos preços do boi gordo, que permanecem em níveis historicamente elevados. Entre 2005 e 2006, a baixa rentabilidade da atividade levou pecuaristas a reduzir investimentos e fechar matrizes, o que provocou recolhimento do rebanho, escassez de bois para abate e aumento dos custos dos frigoríficos. "Vemos reversão do ciclo. A diferença entre os preços de boi e vaca está em torno de 6%. Isso mostra que há retenção de matrizes e que o mercado começa a ter uma oferta maior de bezerros e animais jovens", disse o executivo.

 

PRESSÃO. A saída de grandes frigoríficos do mercado e a entrada de algumas empresas em recuperação judicial foram fatores que contribuíram para diminuir a pressão sobre os preços da matéria-prima. Além disso, segundo o relatório do Minerva, o início do período de seca também causou um impacto no preço do boi gordo, pois o pecuarista aumenta a oferta na estiagem, evitando que o animal perca peso no pasto seco.

 

O frigorífico Minerva, uma das poucas empresas do setor que não teve prejuízo no trimestre passado, registrou no segundo trimestre de 2009 lucro líquido de R$ 56,9 milhões, crescimento de 194% na comparação com igual período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 19,3 milhões.

 


Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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