Lucro de Sadia e Perdigão cresce, mas dívida ainda é alta

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Nos últimos resultados divulgados separadamente após a formação da BRF (Brasil Foods), tanto Sadia como Perdigão tiveram queda nas vendas líquidas e aumento de lucratividade. A partir do próximo trimestre, os balanços das duas empresas serão consolidados.

 

No segundo trimestre, a Sadia alcançou receita líquida de R$ 2,6 bilhões, com queda de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido de R$ 346 milhões representou alta de 125% em relação ao segundo trimestre de 2008.

 

Já a Perdigão obteve receita líquida de R$ 2,7 bilhões no trimestre, com queda de 5% em relação ao mesmo período de 2008. Seu lucro líquido foi 70% maior, atingindo R$ 129 milhões.
A dívida da Sadia continua alta. O endividamento financeiro líquido da empresa é de R$ 6,065 bilhões. A dívida de curto prazo, que tem vencimento neste trimestre, é de R$ 2,1 bilhões, sendo que R$ 930 milhões já foram liquidados. Na dívida de longo prazo, R$ 480 milhões foram renovados.

 

No fim de julho, a BRF, nome dado à Perdigão após a fusão, injetou R$ 950 milhões na Sadia para reduzir essa dívida. Mesmo assim, o índice de endividamento da empresa permanece acima do limite estabelecido pela própria Sadia, de duas vezes a geração de caixa, medida antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização, para seu pagamento. Hoje, o índice está em 6,5 vezes.

 

Segundo a empresa, suas vendas ao mercado interno aumentaram 15% em volume e em receita. Já as exportações caíram 12,3% em volume e 14% em receita.
Na BRF, houve redução de vendas nos dois mercados. Dentro do país, houve queda de 4,4% na receita. Já as exportações foram 4,8% inferiores no trimestre, com volume de vendas 2,8% menor quando comparado ao mesmo período do ano passado.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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