O JBS, maior processador de carne bovina do mundo, reverteu o prejuízo de de R$ 332,7 milhões no primeiro trimestre deste ano e lucrou de R$ 172,7 milhões no segundo trimestre de 2009, superando também o resultado negativo em R$ 364,4 de igual período de 2008. Com esse desempenho, a empresa conseguiu reduzir o prejuízo líquido no semestre para de R$ 149,9 milhões, montante 59,6% menor que o verificado de janeiro a junho de 2008, quando a empresa esteve no vermelho em R$ 371,1 milhões. Otimista com o desempenho, a companhia pretende retomar o crescimento, com novas aquisições e investimentos em ampliação física de suas unidades.
No momento, a empresa está focada no aumento de sua plataforma de distribuição, para a qual pretende criar novos centros de distribuição e escritórios de vendas próximos de seus pontos de produção e de consumo, além de ampliar os já existentes.
"Conseguimos manter a operação rentável no segundo trimestre, mesmo com toda a questão da crise e com o período de low season (baixa temporada) nos Estados Unidos. Com isso, retomamos o plano de expansão, planejando aquisições e crescimento orgânico", disse o presidente da JBS, Joesley Mendonça Batista, acrescentando que o terceiro trimestre é o período de high season (alta temporada) nos Estados Unidos.
Segundo o executivo, a intenção é adquirir novos negócios onde a empresa já tem produção. A JBS possui unidades de processamento e abate de carnes no Brasil, Estados Unidos, Austrália, Itália e Argentina. A empresa encerrou o segundo trimestre com volume de abate de 6,949 milhões de unidades, sendo bovinos, suínos e animais de pequeno porte. Neste ano, a JBS concluiu o arrendamento de cinco unidades de bovinos em Mato Grosso. De acordo com Batista, as unidades iniciarão sua operação em 15 de setembro. Ele ressaltou, contudo, que somente no segundo trimestre de 2010, estarão operando em 100%. Os negócios vão ampliar a capacidade de abate da JBS em 5,150 mil animais por dia.
A receita líquida da JBS no segundo trimestre foi de R$ 9,255 bilhões, queda de 0,1% sobre os R$ 9,267 bilhões apurados em igual período do ano passado. Batista afirmou que, por conta de a maior parte das receitas da empresa ser em moeda americana (54%, no período), a desvalorização do dólar frente ao real, de um trimestre para o outro, segurou o crescimento do faturamento.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado do segundo trimestre foi de R$ 384 milhões, valor 81,5% superior ao apurado em igual período do ano passado (R$ 211,5 milhões) e 30,2% maior que o registrado no segundo trimestre de 2008.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ