JBS diz que já superou a crise e busca aquisição, após voltar ao lucro

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O grupo brasileiro JBS, maior processador global de carne bovina, informou que pretende retomar o curso de crescimento da companhia, tanto por meio de aquisições como por expansão orgânica, considerando superada a crise financeira.

 

"Nós estamos virando a página na história da crise. Aquilo que falávamos, de pisar no freio, em desalavancar, isso passou. Estamos voltando ao curso normal da empresa", afirmou Joesley Mendonça Batista, presidente do JBS, em teleconferência com jornalistas para comentar o resultado trimestral.

 

No segundo trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 172,7 milhões, revertendo prejuízo de R$ 364,4 milhões um ano antes. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 384 milhões ante R$ 295 milhões no segundo trimestre do ano passado.

 

O grupo JBS informou ainda que possui R$ 2,3 bilhões em caixa ao final do segundo trimestre, ante R$ 1,8 bilhão no trimestre passado, e conta com linha de crédito no exterior de US$ 560 milhões.

 

"O curso normal (da empresa) é crescer com aquisições e crescimento orgânico. Estamos vendo aquisições em regiões onde operamos. Estamos olhando vários negócios, mas vale lembrar que estamos em período de silêncio da Security and Exchange Comission (SEC - a CVM norte-americana)", acrescentou Batista.

 

O JBS registrou no mês passado na SEC, o regulador do mercado norte-americano, pedido de emissão de ações da JBS USA, operação que poderá levantar até US$ 2 bilhões.

 

No prospecto da oferta de ações nos EUA, a companhia citou que um dos objetivos seria fortalecer sua plataforma global de distribuição de produtos. "O que existe de concreto é o IPO (oferta de ações). Voltamos a olhar oportunidades de expansão", afirmou ele.

 

A companhia brasileira teve um crescimento vertiginoso nos últimos anos por meio de compras de operações em vários países, a maior dela nos Estados Unidos, onde levou a Swift. Hoje possui aproximadamente 50 unidades de abate e processamento no Brasil, Argentina, Estados Unidos, Itália e Austrália, abatendo 65 mil cabeças por dia globalmente.

 

No semestre, o grupo registrou perdas de R$ 149,9 milhões, uma redução de 59,6%, em comparação com os prejuízos registrados no mesmo período de 2008, informou hoje a companhia. A empresa tinha perdido R$ 371 milhões nos seis primeiros meses do ano passado.

 

Veículo: DCI


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