O processo de integração entre duas grandes empresas é quase sempre doloroso. Isso pode ser comprovado no casamento entre sadia e Perdigão, que uniram operações em maio deste ano. Na semana passada, a Sadia anunciou a terceira baixa na diretoria desde que o negócio foi assinado. Desta vez, quem saiu foi o executivo Gilberto Tomazoni, que ocupava a presidência da empresa desde 2005. Tomazoni trabalhou durante 27 anos na sadia, mas passou a ser questionado depois que a companhia sofreu expressivas perdas com derivativos cambiais. Antes dele, haviam saído Gilberto Xandó, diretor comercial para o mercado externo, e Eduardo Noronha, diretor de recursos humanos. Para o lugar de Tomazoni foi contratado José Júlio Cardoso de Lucena, ex-presidente de empresas como Bunge alimentos e Seara. Lucena também vai acumular a função de presidente do conselho de administração. A Sadia enfrenta dificuldades financeiras. Na terça-feira 1º, a BRF, nova denominação da Perdigão, informou que vai transferir R$ 3,5 bilhões à sadia como parte do processo de saneamento financeiro da companhia.
Veículo: Revista Isto é Dinheiro