O governo federal já avisou que, como a economia brasileira dá sinais firmes de recuperação, não pretende realizar novas desonerações tributárias em 2010. Mesmo assim, um dos únicos setores que não tiveram seu pedido de redução de impostos atendido neste ano pretende insistir na demanda.
A indústria de alimentos quer que sejam zerados o PIS e a Cofins incidentes sobre os itens da cesta básica e as carnes como forma de diminuir o peso de tais produtos no orçamento familiar, liberando uma parte dessa renda para o consumo.
Segundo estudo realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), os lares com rendimentos de até R$ 1.000 gastam 19,6% desses recursos com alimentação.
"O presidente Lula já reconheceu que as desonerações concedidas resultaram em alta do investimento e do emprego. Diminuir a tributação da cesta básica traria os mesmos resultados positivos", defende Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
De acordo com o levantamento, se adotada, ao final de 36 meses a medida ajudaria a elevar o PIB nacional em cerca de 1,7%.
Veículo: Folha de S.Paulo