93,8% das indústrias devem investir

Leia em 2min 30s

Segundo pesquisa da Fiesp, no ano passado o porcentual das empresas que afirmaram que iriam investir era de 85,1%

 

A retomada dos projetos de investimento é generalizada entre praticamente todos os setores da indústria de transformação, exceto exportadores. O número de empresas que pretendem investir em 2010 subiu de 85,1%do total no ano passado para 93,8%, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que ouviu 1.232 empresas em todo o País.

 

A Braskem, gigante brasileira do setor petroquímico, vai aumentar em 33% os investimentos este ano, de R$ 900 milhões em 2009 para R$ 1,2 bilhões.

 

"O mercado brasileiro vem respondendo bem desde o segundo semestre do ano passado", diz o vice-presidente de relações institucionais e desenvolvimento sustentável da Braskem, Marcelo Lira.

 

Animada com o impulso da construção civil, a multinacional brasileira Tigre, líder no segmento de tubos, conexões e acessórios em PVC no País, decidiu investir R$ 200 milhões na ampliação da capacidade produtiva e em pesquisa e desenvolvimento. Em 2009, os investimentos foram de R$ 150 milhões.

 

Segundo o presidente do grupo Tigre, Evaldo Dreher, o aumento da capacidade será de 20%, equivalente a um acréscimo de 30 mil toneladas na produção anual. A capacidade atual é da 300 mil toneladas por ano.

 

Com fábricas no Brasil e mais oito países, a Tigre pretende contratar 300 pessoas, a maioria para fábricas no País. Hoje, a empresa emprega 6,2 mil trabalhadores, dos quais 4,8 mil no Brasil.

 

Com o mercado interno em alta e as importações em baixa, graças à tarifa antidumping (concorrência desleal) aplicada pelo governo sobre calçados chineses, a Vulcabrás planeja investir cerca de R$ 160 milhões em 2010. Em 2009, com a crise, os aportes limitaram-se a R$ 50 milhões em projetos de inovação.

 

Os investimentos neste ano deverão garantir aumento de 30% na produção , além de abrir mais de 8 mil vagas. Hoje, a Vulcabrás emprega 41 mil pessoas.

 

"Terminamos o primeiro trimestre, que tradicionalmente é um período fraco para o setor, com estoques de produtos acabados para dez dias. No ano passado, esse número estava em 60 dias", diz o presidente da Vulcabrás, Milton Cardoso.

 

Gargalos. A carga tributária continua a ser o maior entrave ao investimento, citada por 67% das empresas na pesquisa da Fiesp. Além de reduzir o consumo, ela retira recursos que poderiam ser reinvestidos.

 

Para as pequenas e médias empresas, que dependem essencialmente de seus próprios recursos, um dos principais entraves ao investimento justamente a falta de recursos o

 

As grandes são as que mais investem nas inovações e melhorias dos produtos. Porém são elas que apontam o câmbio como um dos limitadores à realização de investimentos, já que o real fortalecido em relação ao dólar tira competitividade do produto brasileiro.

 

Veículo: O Estado de São Paulo


Veja também

Investimento na indústria crescerá 26%

A recuperação da atividade econômica levou empresas de setores voltados ao mercado doméstico ...

Veja mais
Governo volta a acenar com importação para conter preço

Empresários do setor de comércio exterior receberam duas notícias positivas na última sexta-...

Veja mais
Maioria das queixas comerciais é barrada

De cada três reclamações antidumping das empresas, só uma vai em frente no governo   D...

Veja mais
Mesmo inadimplentes, 29% querem comprar mais

Pesquisa da Associação Comercial constata que aumentou o número de consumidores com dívidas ...

Veja mais
Inflação trimestral é a maior desde 2003

Taxa de março é de 0,52% (2,06% em 3 meses) e com 5,17% em 12 meses, IPCA já ultrapassou centro da ...

Veja mais
Mesmo com recuo da inflação juros básicos devem ter alta

A inflação medida tanto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), quanto pe...

Veja mais
Mercado doméstico aquecido e câmbio puxam importações

Com mercado interno aquecido e favorecidas pelo câmbio e pela queda de preços, as importações...

Veja mais
Vendas do varejo surpreendem e ficam acima da média nacional

As vendas do comércio varejista da capital amazonense durante a Páscoa cresceram 7,5% em relaç&atil...

Veja mais
Vendas crescem 13,5% em março e desconto é mantido

Depois de as vendas do comércio varejista no País aumentarem 13,5% em março, e finda a reduç...

Veja mais