Custo de cesta básica cai em 12 de 17 capitais pesquisadas

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O preço da cesta básica caiu em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em maio, no comparativo com o mês anterior. Foi a primeira vez no ano em que o custo tem queda na maioria das cidades analisadas.

 

As quedas mais significativas ocorreram em no Rio (-5,04%), Porto Alegre (-4,41%), Belém (-2,33%) e Curitiba (-2,19%). Os preços subiram em Manaus (3,26%), Goiânia (2,72%), Aracaju (1,15%), Recife (1,10%) e Belo Horizonte (0,59%).

 

A cesta mais cara continua sendo a de Porto Alegre, em R$ 256,86. Porém, a forte queda de 4,41% fez com que o custo se aproximasse do de São Paulo, que ficou em R$ 256,31. Os menores custos foram registrados em Fortaleza (R$ 185,73) e Aracaju (R$ 187,10).

 

Nos cinco primeiros meses do ano, o custo da cesta básica subiu em todas as cidades pesquisadas. As maiores variações acumuladas foram anotadas em localidades do Nordeste: Recife (26,58%), Salvador (18,03%), Natal (18,02%) e João Pessoa (17,27%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília e Fortaleza, ambas com 4,96%.

 

Segundo o Dieese, a queda na maioria das capitais em maio ocorreu como resultado da retração no preço do tomate, que vinha desde o início do ano registrando fortes altas. Já o feijão subiu em todas as cidades pesquisadas. As maiores elevações do feijão foram anotadas em Goiânia (41,29%), Recife (17,52%), Belo Horizonte (15,14%), Natal (14,2%) e São Paulo (14,14%). Os menores aumentos foram em Salvador (2,78%) e Fortaleza (2,98%).

 

O leite também ficou mais caro em 14 capitais, com destaque para Brasília (10,53%), Belém (7,08%) e Belo Horizonte (5,02%). Em Aracaju, os preços permaneceram estáveis e houve redução em Natal (-0,43%) e Salvador (-1,36%). Em 12 meses, foi verificado aumento no preço do produto em 15 localidades.

 

O preço da carne subiu, em maio, em 11 regiões, com as maiores variações em Goiânia (9,14%), Florianópolis (4,90%) e Curitiba (3,37%). Apenas em Manaus não houve oscilação e houve leve queda em cinco cidades, variando entre -0,06% (Natal) e -0,83% (Belém). Quinze capitais apresentaram aumento em 12 meses, com destaque para Aracaju (14,63%) e Natal (10,85%.

 

Dez capitais tiveram alta no preço do pão, ainda que em pequenas taxas. Somente em três delas o aumento superou 1%: Vitória (2,68%), Recife (1,47%) e Curitiba (1,16%).

 

Com base no custo da cesta em Porto Alegre (a mais cara), o Dieese estimou que em maio o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas seria de R$ 2.157,88, ou 4,23 vezes o mínimo atual, de R$ 510. Em abril, o mínimo necessário era quase R$ 100 maior, estimado em R$ 2.257,52, ou 4,42 vezes o piso em vigor. Já em maio de 2009, o mínimo necessário ficava em R$ 2.045,06, ou 4,4 vezes o piso de então (R$ 465).
 

 

Veículo: Valor Econômico


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