Incentivos do governo do Estado e logística privilegiada atraem cada vez mais investimentos para região.
O Sul de Minas Gerais está passando por um novo boom de atração de empresas paulistas, a exemplo do que aconteceu nos anos 90, com o início da duplicação da Rodovia Fernão Dias (BR-381). Além da vantagem de continuar próximas a São Paulo, o maior mercado consumidor do país, os incentivos do governo do Estado atraem cada vez mais investimentos para a região.
O Regime Especial Tributário (RET), decretado pelo governo estadual no final do ano passado, que resultou na equiparação da política de fomento fiscal oferecida por outras unidades da federação, é o principal indutor da recuperação da atratividade econômica dos municípios do Sul de Minas.
No caso de Poços de Caldas, o secretário de Desenvolvimento e Trabalho, Marcos Tadeu de Moraes Sala Sansão, afirmou que a cidade deve receber investimentos da ordem de R$ 120 milhões nos próximos meses. O aporte será feito por duas empresas do setor eletroeletrônico e outros dois empreendimentos do segmento de plástico, cujo nomes não foram revelados.
Além da equiparação fiscal proporcionada pelo RET, o secretário acredita que a mão de obra qualificada é um dos principais atrativos do município. "A procura por empresas paulistas para investir no parque industrial da cidade é intensa. Além disso, o aquecimento desta demanda também está sendo apurado em relação às empresas do setor de prestação de serviços daquele estado", disse.
Terrenos - Em Extrema, por exemplo, o pacote de isenções fiscais "gerou uma forte procura por empresas paulistas e de outros estados interessadas em instalar empreendimentos no município", conforme revelou o secretário municipal de Desenvolvimento e Indústria, Péricle Mazzi.
Porém, se por um lado a equiparação fiscal ajuda a atrair investimentos para a cidade, o secretário destacou que a prefeitura não tem mais terrenos públicos disponíveis para doar às empresas que pretendem construir unidades produtivas no local. o caso da Panasonic do Brasil, que mesmo interessada em implantar fábrica na região, teria de investir também na aquisição do terreno.
Mazzi reafirmou que representantes da empresa já visitaram o município. Entretanto, questionado sobre as empresas interessadas em abrir negócios na região, o secretário não quis revelar os respectivos nomes.
O pacote de desoneração tributária do governo de Minas não é o único motivo que atrai aportes de empresas paulistas para Itajubá. Segundo a secretária de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, Leandra Machado, a construção da nova planta da Helicópteros do Brasil S/A (Helibras) na cidade, que demandará recursos da ordem de R$ 420 milhões, está atraindo fabricantes de equipamentos necessários à produção das aeronaves.
Entre os empreendimentos que estão procurando a Prefeitura de Itajubá para instar unidades no município, Leandra Machado destacou a demanda de empresas dos segmentos de tecnologia, elétrica e desenvolvimento de softwares, capazes de atender à Helibras.
Veículo: Diário do Comércio - MG