Inflação recua de 0,34% para 0,24% e fica abaixo da média nacional.
O pão francês apresentou aumento de 0,60% contra 0,38% da semana anterior
A inflação caiu em Belo Horizonte na terceira semana deste mês. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) da Capital, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou variação de 0,24%, resultado 0,10 ponto percentual inferior ao da semana anterior (0,34%). O índice ficou abaixo da média brasileira, cuja variação foi de 0,34%, taxa acima da divulgada na apuração anterior (0,30%).
O IPC-S de Belo Horizonte foi o terceiro mais alto entre as sete capitais analisadas pela FGV. A primeira posição ficou com São Paulo (0,49%), seguida pelo Rio de Janeiro (0,41%), Recife (0,20%), Brasília (0,19%), Porto Alegre (0,17%) e Salvador (0,01%).
O desempenho do grupo alimentos ajudou na retração do índice. Na segunda semana de outubro a classe tinha apresentado alta de 0,53% e na semana seguinte a elevação foi menos expressiva, de 0,34%. O mesmo aconteceu com vestuário, cuja variação passou de 1,08% para 0,77% na mesma base comparação.
O economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, André Braz, acredita que até o fim deste mês os alimentos devem se manter estáveis ou apresentarem pequenas quedas. Porém, ele salientou que o comportamento do grupo sofre com a grande diversidade.
Braz ressaltou que a valorização do dólar frente ao real ainda não foi incorporada pelo varejo. "No atacado, porém, já há sinais. importante observar que os repasses do varejo para o consumidor final não acontecem de imediato, pois dependem de vários fatores, como consumo, concorrência e estoques", explicou.
Mesmo sendo produzida a partir do trigo, a maior parte dele importada, a farinha de trigo continuou apresentando queda de preço em Belo Horizonte, porém menos intensa. A variação passou de -5,01% da segunda semana de outubro para -3,28%.
Depois da alta de 0,78% da semana anterior, o macarrão recuou de 0,15% na terceira semana. Já o pão francês teve aumento de 0,60% contra 0,38% da semana anterior, enquanto o pão de forma ficou ainda mais barato, já que a variação passou de -1,29% para -1,49%. Os outros tipos de pães mantiveram trajetória de queda. O recuo passou de -0,35% para -0,58%.
Dois produtos constantes na mesa do brasileiro apresentaram trajetórias opostas. No arroz branco a variação passou de 1,03% para 1,85%. Já o feijão carioquinha apresentou pequeno recuo, passando de 6,79% para 6,52%.
De acordo com ele, em razão da entressafra, as carnes ficaram mais caras. Na segunda semana deste mês a alta foi de 1,98% e na seguinte computou elevação de 2,78% em Belo Horizonte.
Veículo: Diário do Comércio - MG