A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial apurou que a parcela de empresários que vão rever seu faturamento para cima ampliou-se de 79%, no terceiro trimestre, para 82% no quarto trimestre.
O levantamento foi realizado entre os dias 29 de agosto a 2 de setembro, já dentro do novo ciclo de baixa dos juros básicos (Selic), estabelecido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Foram ouvidos 1.020 empresários de todos os setores econômicos, em todo o Brasil.
Para o quarto trimestre, os investimentos, para compra de equipamentos, obras de ampliação, aquisições, modernização entre outros, praticamente repetirão as expectativas dos três meses anteriores. Assim, 29% dos entrevistados pretendem ampliar os investimentos, 57% vão mantê-los conforme planejado, 5% vão promover cortes e 9% irão postergá-los ao futuro.
Entre os entrevistados, aumentou a parcela dos que acham que as condições de crédito (prazos, encargos e limites) melhorarão nos últimos três meses deste ano. No trimestre anterior, nessa parcela estavam 19% dos entrevistados; agora são 25%. Para 56%, essas condições não terão alteração e para 19% piorarão. Nesta última categorização (para pior) eram 31% os respondentes nos três meses passados.
Para 45% dos executivos entrevistados nas instituições financeiras, a oferta de crédito para as empresas aumentará no último trimestre, em relação ao anterior. Para 46% permanecerá igual e para 9% será reduzida.
Para 64% dos executivos entrevistados nas instituições financeiras, a oferta de crédito aos consumidores aumentará no 4º trimestre, em relação ao terceiro. Para 27%, ela será igual e para 9% será menor.
Mesmo com a melhora de expectativa no 4º trimestre, quando perguntados se os resultados de sua empresa em 2011 serão influenciados pela crise global, 47% dos entrevistados responderam afirmativamente e 53% disseram que não.
Na opinião da Serasa, além da sazonalidade de um período forte para o varejo, dado o Dia das Crianças e o Natal, é importante notar que mesmo assim, no final deste ano, a expectativa sobre o faturamento do negócio é inferior à registrada em igual momento de 2010.
O novo ciclo de redução dos juros (Selic), sinalizou aos empresários que o governo se empenhará para preservar o crescimento econômico, baseado no vigor do mercado interno, também entendido como uma blindagem aos impactos da crise global. Por esta razão, os setores mais ligados ao consumo e aos serviços contam com expectativa mais positiva. Ao passo, que os investimentos expressam a cautela do empresário sobre imobilizar seus recursos ou ampliar seu endividamento.
Veículo: DCI