Intenção de consumo do paulistano cai 3,5% em outubro, diz estudo

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Depois de quatro altas consecutivas, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da capital paulista, medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), recuou de 140,1 pontos em setembro para 135,3 em outubro (queda de 3,5%). O indicador, no entanto, continua mostrando satisfação do paulistano com sua condição econômica. O ICF varia em uma escala de zero a 200 pontos, sendo abaixo de 100 pontos considerado patamar de insatisfação. Em outubro do ano passado, o ICF ficou em 137,6 pontos.

Para a Fecomercio-SP, a queda do índice ocorreu por conta da inflação e da elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis importados, principalmente os modelos populares trazidos da Ásia. As variações foram discrepantes na análise por faixa de renda. Enquanto nas famílias paulistanas com renda acima de dez salários mínimos o indicador subiu 0,5%, nas de rendimento inferior o ICF caiu 4,2%. "A inflação acelerada acima das expectativas e da meta estabelecida pelo governo traz às famílias, em especial às de classes mais baixas, a perda de seu poder de compra", justifica a entidade.

Dentro do indicador, o item Renda Atual recuou de 155,4 pontos para 146,1 pontos (queda de 6%). Houve variação também nos itens Nível de Consumo Atual e Perspectiva de Consumo. Enquanto o primeiro apresentou elevação de 103,7 pontos em setembro para 105,1 pontos (1,3%) em outubro, o segundo mostrou retração de 139 pontos para 136,7 pontos (-1,7%).

O acesso a crédito, por sua vez, variou em 0,7% negativamente, para 154,9 pontos em outubro. "A taxa de juros para o consumidor se acomodou depois das elevações no início deste ano e não impacta tanto as prestações, o que mantém elevado o nível de satisfação das famílias que ainda encontram facilidade para obter crédito."

Para o final do ano, a Fecomercio-SP analisa que duas questões devem impactar o ICF: a inflação e o período de festas. A alta dos preços deve continuar, na análise da entidade, a pressionar o índice. As festas, porém, devem influenciar o consumo das famílias por causa das contratações temporárias, do início das vendas para o Natal e do pagamento da segunda parcela do 13º salário.


Veículo: DCI


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