O carrinho de compras do brasileiro está mudando. Os itens básicos já não pesam como antes, e é possível gastar mais em supérfluos – que, dependendo do bolso de quem compra, pode ser um carro maior, um tênis de marca ou um pacote de bolacha recheada.
Houve um momento pessimista no começo de 2011, quando os analistas previam consumo menor que no ano anterior, mas nem o aumento dos juros fez o brasileiro deixar de comprar. É o que mostram os dados do Índice de Potencial de Consumo de 2011, publicado pelo instituto IPC Marketing. Ele agrega informações do IBGE e da Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado (Abipeme).
É possível observar que o interior ganhou poder de consumo em relação às capitais, a parcela do consumo a cargo das classes B e C passou de 60% em 2001 para 76% neste ano, e a da classe D caiu de 13% para 5% no mesmo período. Não que os pobres tenham perdido poder aquisitivo. Mas o número de pobres caiu. Apesar do forte crescimento dos últimos anos, o poder de consumo ainda é relativamente baixo no Norte e no Nordeste. Essas regiões são as que mais precisam que o país continue crescendo em 2012.
Veículo: Revista Época